sábado, 12 de setembro de 2015

Sobre um gênio: Roger Federer. E sobre um pândego: Ronaldinho Gaúcho.

Eu, como acho que quase todo mundo que gosta de esporte, tenho uma admiração profunda pelo Roger Federer, que com Pelé e Michael Jordan, constitui meu Panteão particular de super-heróis esportivos.

De uns tempos para cá, desde o ano passado a bem da verdade, comecei a não querer ver jogos dele. Não me importava se ele era número 2, ou não sei o que, do ranking da ATP. Detestava vê-lo perder jogos para tenistas menores. Mais que tudo, detestava vê-lo acuado no fundo da quadra trocando bolas com essa nova geração de tenista de 1,90 no mínimo, disparando foguete pra todo lado. Ressalvo o Djoko e o Nadal, caras fortes, mas refinados. Mas, o tal Isner, ou o Cilic; é só pancadaria. Tudo bem que o Murray, o Wawrinka, mesmo o Tsongas, ou o Nishikori, sejam até caras 'normais'. A síntese é que, pra mim, era preferível ter o Federer no Panteão do que nas quadras contra quem quer que fosse.

E eis que, já quase ao final deste ano, em Cincinatti, um mês atrás, me aparece um Federer de novo imbatível, tão elegante como antes, deslizando feito um príncipe pela quadra, escrevendo versos impecáveis no ar com sua raquete que não agride, mas acaricia a bola. Que Federer era aquele que encurralou o Djokovic no jogo final, para embolsar mais um Master Series?

E que Federer era aquele que começara a pegar todo mundo de surpresa ao avançar, o felino de sempre, sobre os saques dos adversários, esperando as pancadas no meio da sua quadra, e devolvendo-as de bate-pronto, enquanto ainda em movimento? Os comentaristas piraram. O Dácio Campos quase foi à loucura. E começaram as tentativas de definir aquela nova invenção do maior tenista de todos os tempos: sneak-attack, coisas do gênero.

E eis que um atleta de 34 para 35 anos, que já poderia ter parado de jogar, depois de todas as glórias acumuladas, do reconhecimento de ser de fato o maior até então, de ter dinheiro acumulado até lá sabe-se que gerações, não só insiste em jogar, colocando em risco tão imenso patrimônio, mas se reinventa ao ponto de a gente ouvir coisas do gênero: tecnicamente, ele está jogando melhor do que em seu auge; sua forma física atual é esplendorosa, e assim vai.

Do alto da minha ignorância amadora e amante do tênis, sou também capaz de reconhecer isto tudo, de perceber que ele, pra não ficar acuado lá atrás tentando vencer os jovens na pancadaria, diminuiu a quadra pros adversários, passou a volear como jamais fizera, resgatou a beleza do velho tênis de saque e voleio, e, como se não bastasse, inventou um jeito de atacar que não só lhe vale alguns pontos cruciais, como desestabiliza o adversário, principalmente na hora de um segundo saque.

O cara é um gênio, um gentleman, um poeta, um monstro.

E quis dizer isto antes da final de amanhã, do US Open, de novo contra o brilhante Djokovic. Já não me importa mais se o Federer ganha ou perde.

Enquanto isso, nós tricolores temos que pagar o vexame de ver um Ronaldinho Gaúcho, com quase a mesma idade do Federer, conformar-se em ser um gigolô de suas glórias passadas, conformar-se em ser um pândego do futebol, um clown em campo, quando consegue entrar em campo, mas um clown que não faz rir, mas chorar, um clown que não recebe aplausos, mas vaias, um clown que pândegos dirigentes do Fluminense acharam de abrigar no nossa santuário das Laranjeiras.

Texto que todos nós tricolores temos que ler, escrito por Marcelo Teixeira, gerente geral das nossas divisões de base. Obrigado, Teatini.

A estratégia por trás de um título: Fluminense Campeão Brasileiro Sub-20 Invicto

11 de set de 2015
Resolvi escrever esse texto a fim de mostrar, principalmente para aqueles que não trabalham diretamente com o futebol, a abrangência que pode alcançar um trabalho voltado para a conquista, invicta, de um título de relevância nacional. O primeiro Campeonato Brasileiro Sub-20 da história nesse formato um pouco mais longo.
Antes de mais nada importante destacar que não consideramos o trabalho desenvolvido nas divisões de base do Fluminense melhor do que o de nossos concorrentes. De forma alguma. Algumas coisas que fazemos são diferentes do que é feito por nossos concorrentes. Mas isso não quer dizer que somos melhores ou piores, apenas fazemos diferente. Entretanto, temos nossas crenças, ideias, valores, missão, filosofia e metodologia que nos guiam naquilo que fazemos em nosso dia a dia.
Hoje no Brasil muitos clubes têm profissionais altamente qualificados trabalhando a frente das divisões de base. Profissionais qualificados, dedicados e competentes.
Necessária essa introdução, por que no último sábado o Jornal O Globo publicou uma afirmação minha que não é verdadeira onde eu supostamente teria dito que não considero Flamengo e Vasco como concorrentes da base do Fluminense. Tenho um grande respeito por essas duas agremiações, pelos profissionais que trabalham nelas e principalmente pelo trabalho que ambas vem realizando nos últimos anos. Considero inclusive que atualmente o Flamengo possui um dos melhores trabalhos de base do Brasil e certamente no médio prazo irá colher frutos por conta desse trabalho.
Ainda antes de entrar no assunto principal é preciso dar destaque para duas pessoas que certamente tiveram um alto grau de importância na conquista desse Campeonato Brasileiro sub-20:
1 - Presidente Peter Siemsen – desde que assumiu a presidência do Fluminense em 2011 foi um visionário, entusiasta, empreendedor e grande incentivador do trabalho realizado nas divisões de base do clube. Se não fosse por ele certamente Xerém não estaria no atual estágio.
2 - Fernando Simone – Diretor Executivo de Futebol do Fluminense que esteve à frente das divisões de base do clube entre 2011 e 2014. Foi ele o grande responsável por reorganizar o trabalho e preparar as fundações para sustentar o trabalho que hoje vem sendo executado em Xerém.
Outros excelentes profissionais passaram pelas divisões de base do Fluminense nos últimos anos e certamente tem sua parcela de contribuição nessa conquista.
Feita essa breve introdução, passamos ao assunto máster desse texto: A estratégia por trás do título.
Por se tratar do primeiro Campeonato Brasileiro Sub-20 da história num formato mais prolongado, com jogos em todas as partes do Brasil e um forte suporte da CBF (como por exemplo passagens aéreas, excelentes hotéis e alimentação), muitos consideraram que esse foi o primeiro Campeonato Brasileiro Sub-20 de todos os tempos.
E dentro desse cenário de ineditismo a conquista invicta do Fluminense pode ser realçada com números impressionantes: 10 vitórias e 2 empates; ataque mais positivo, defesa menos vazada e artilheiro do campeonato.
Olhando para uma campanha como essa podemos imaginar que existiu um trabalho por de trás disso. Um trabalho diferente como falei acima. E são os pontos principais desse trabalho que desejo compartilhar nesse texto.
Podemos considerar como principais pilares do trabalho que executamos para a conquista desse título os seguintes pontos (a ordem abaixo não significa grau de importância):
- Filosofia de Jogo e Metodologia de Formação de Atletas;
- Estratégia;
- O Comandante;
- Projeto Internacional.
FILOSOFIA DE JOGO E METODOLOGIA DE FORMAÇÃO DE ATLETAS
Em 2014 surgiu uma oportunidade para promover ao cargo de coordenador técnico das divisões de base do Fluminense o então treinador da equipe sub 20 Marcelo Veiga.
Numa decisão pensada por mim e pelo Fernando Simone e prontamente acatada pelo presidente Peter, promovemos Marcelo Veiga ao cargo de coordenador técnico das divisões de base do Fluminense.
Marcelo Veiga, que tive o orgulho de levar para o Fluminense a mais de dez anos atrás por ser uma referência no esporte na minha cidade natal Petrópolis, tem uma carreira que imagino que deve ser quase única em se tratando de divisões de base no Brasil. Iniciou como treinador da equipe sub 11 do Fluminense. Passou pelo sub 13, sub 15, sub 17 e sub 20 até se tornar coordenador técnico. Foi muitas vezes campeão em todas essas categorias. É o técnico com mais títulos na base do Fluminense e dificilmente será igualado no futuro.
No momento que o Marcelo Veiga assumiu como coordenador técnico das divisões de base do Fluminense, eu e Fernando Simone demos a ele a incumbência de desenvolver e implantar uma filosofia de jogo e metodologia de formação de atletas para a base do Fluminense. Tarefa árdua e complexa levando-se em consideração a dificuldade que envolve um trabalho que conta com mais de 350 meninos, diversos profissionais na área técnica, captação de atletas, futsal e escolas de futebol (guerreirinhos).
E pouco mais de um ano depois do início do trabalho desenvolvido pelo Veiga podemos afirmar que hoje a base do Fluminense tem uma Filosofia de Jogo e uma Metodologia de Formação de Atletas.
Numa visita recente que fiz ao Barcelona tive a oportunidade de conhecer bem o responsável e a metodologia do clube espanhol. Metodologia essa que levou anos para ser desenvolvida, implementada, assimilada e aperfeiçoada. Nosso trabalho nesse sentido tem apenas um ano, muito pouco tempo ainda, mas não tenho dúvida nenhuma (ainda mais depois de conhecer o que faz um dos melhores clubes do mundo) que estamos na direção certa.
ESTRATÉGIA
Sem estratégia é possível vencer batalhas, mas é impossível vencer uma guerra. E foi pensando dessa forma que tomamos duas decisões importes antes de começar o torneio:
1 – Foco no Brasileiro Sub-20 – por não termos um calendário nacional para as divisões de base no Brasil o Campeonato Brasileiro Sub-20 (com jogos durante a semana) foi disputado ao mesmo tempo que o Campeonato Carioca Sub-20 (com jogos nos finais de semana). A ideia de “abandonar” o Campeonato Carioca Sub-20 foi amadurecida por mim e pelo Veiga e foi levada ao presidente Peter que de imediato aceitou os argumentos apresentados e deu total suporte a ideia. Fomos claros com o presidente que possivelmente teríamos uma campanha muito ruim no estadual por conta da equipe que usaríamos ser bem mais nova que a idade permitida.
Certamente essa decisão nos deu uma vantagem sobre alguns rivais que se desdobram na disputa de duas competições ao mesmo tempo.
Se queremos melhorar o processo de formação de atletas no Brasil precisamos ter uma melhor organização e um calendário diferente para a base.
Eu como gestor da base do Fluminense quero que meus atletas, dentre outras coisas, joguem em grandes estádios, com gramados de qualidade e principalmente enfrentem adversários de nível elevado. Hoje a realidade para o Sub-20 no Brasil é jogar torneios estaduais a maior parte do tempo e torneios relevantes a menor parte do tempo. É preciso inverter esse cenário para termos avanço na formação de atletas no Brasil.
2 – Utilização de atletas que estavam incorporados ao profissional e sem chances de jogar
O campeonato brasileiro Sub-20 permitia a escalação de até 3 atletas com idade superior a 20 anos. Eu sou um defensor ferrenho, todas as vezes que tenho oportunidade levanto essa questão, de que temos que criar no Brasil a categoria Sub-23, com um calendário adequado de competições regulado pela CBF, a fim de permitir aos clubes que se faça um trabalho de transição do Sub-20 para profissional de uma forma mais adequada.
Esse processo ocorre no mundo inteiro (incluindo países da América do Sul), com variações de sistemas dependendo do país (equipes B por exemplo). Eu considero essa questão um dos pontos mais graves em relação ao processo de formação de atletas no Brasil. E um ponto completamente fora do controle dos clubes apesar de algumas iniciativas isoladas, mas que acabam não alcançando um objetivo pleno pela ausência de um calendário nacional.
Pois bem, antes de começar a competição propus ao coordenador técnico Marcelo Veiga de buscar no profissional do Fluminense três “reforços” (atletas que eu conhecia bem a qualidade do futebol e principalmente o caráter) que até então não vinham sendo utilizados: o volante Luis Fernando, o meia uruguaio Bryan Olivera e o meia Gustavo Scarpa.
Todos esses três atletas, nascidos em 1994, “estouraram” a idade Sub-20 em janeiro. Havia pouco tempo que tinham deixado a base. Eram amigos ou colegas de todos os jogadores que lá estavam na equipe Sub-20. Conheciam bem nosso sistema de jogo da base. Não seriam “estranhos no ninho”.
Foi feita uma consulta ao Diretor Executivo Fernando Simone que de pronto nos atendeu apoiou no pedido.
Mas havia uma exigência técnica que não poderia deixar de ser cumprida: os três deveriam se incorporar de forma definitiva ao grupo que se preparava para o torneio e treinar em Xerem todos os dias. O primeiro time e por consequência Laranjeiras, deveria ser esquecido a não ser que houvesse algum pedido do primeiro time.
E por conta disso não pudemos contar com o Gustavo Scarpa que naquele momento já começava a se destacar nos treinos do primeiro time.
Mas Luis Fernando e Bryan Olivera aceitaram nossa convocação e “desceram” para o Sub-20 de alma e coração e acabaram sendo peças fundamentais na engrenagem que estava sendo montada.
Ao longo da campanha tivemos que tomar uma difícil decisão que foi a liberação do Olivera para jogar na equipe do LA Galaxy, oportunidade essa que foi trabalhada por conta de nosso Projeto Internacional. Tendo total confiança nos demais atletas que tínhamos no elenco tomamos uma decisão que foi muito boa para o atleta e para o Fluminense.
Por outro lado, Luis Fernando foi peça chave na equipe, sendo um dos líderes e grande destaque da equipe que se sagrou campeã.
No seu primeiro jogo na equipe Sub-20, na corrente que é feita no vestiário momentos antes que antecedem a partida, Luis Fernando foi para o meio da roda de atletas e fez um discurso forte e emocionante, que certamente mexeu com todos os atletas, conclamando os seus companheiros a se juntarem a ele na batalha pela conquista do Campeonato.
O COMANDANTE
Logo nos primeiros meses de minha gestão da base do Fluminense, nosso excelente treinador da equipe Sub-20, Marcos Seixas, recebe uma proposta financeira irrecusável de um de nossos concorrentes. A decisão tomada era a de não cobrir a proposta para não inflacionar nosso sistema.
Temos uma ideia muito clara na base do Fluminense de sempre promover os profissionais para os cargos superiores. Salvo raras exceções, iniciamos o processo com profissionais que vem do Futsal ou que vem do processo de estagiários que é muito bem comandado pelo Coordenador Científico Marcio Assis.
E assim a ideia inicial que veio à cabeça era a promoção do treinador Luiz Felipe do Sub-17. Mas o mesmo tinha muito pouco tempo na função de treinador do Sub-17. E por isso vinha a dúvida se não era muito precipitada uma promoção desse profissional.
E numa conversa com o Fernando Simone e com o Marcelo Veiga veio a certeza de que valia a aposta no Luiz Felipe.
E com pouco tempo de trabalho tivemos a certeza que tínhamos um grande e preparado treinador para a equipe Sub-20 do Fluminense.
Fomos para a Europa e conquistamos dois torneios, Alemanha (SPAX Cup) e Holanda (Terborg), jogando um grande futebol contra grandes equipes da Europa.
E foi ao longo de cerca de quinze dias de convivência e jogos na Europa, Projeto Internacional, que começamos a desenhar e moldar a equipe base que posteriormente ganharia o Campeonato Brasileiro.
PROJETO INTERNACIONAL
Quando afirmo acima que fazemos coisas diferentes em relação aos nossos concorrentes posso mostrar com o Projeto Internacional uma dessas coisas.
Junto ao nosso Projeto Internacional temos questões atreladas como expansão da marca Fluminense e da marca do projeto de formação de atletas do clube, Plano de Carreira para os atletas, qualificação (internacional) dos profissionais e principalmente a melhoria e qualificação do ser humano (atleta) e por consequência do jogador de futebol.
Hoje temos uma crença bem clara e definida na base do Fluminense que diz: faça uma melhor pessoa e teremos um melhor jogador de futebol”.
E temos a convicção que esse processo está começando a fazer diferente na formação dos atletas da base do Fluminense.
A ideia de criar o Projeto Internacional eu tive a cerca de 3 anos atrás, quando ainda atuava como gerente de futebol do primeiro time, depois de perceber que o Fluminense começava a formar uma quantidade interessante de atletas (fruto do crescente investimento a partir de 2011) mas não havia espaço para eles no primeiro time principalmente por causa do forte investimento realizado pela antiga patrocinadora.
Coloquei então no papel a ideia que se transformou num projeto de quase 60 páginas: motivo/razão, objetivos, análise de mercado, metas, custos, possibilidades de receitas e etc.
Apresentei então o projeto para o presidente Peter que prontamente deu o seu aval.
E assim começamos um processo de trabalho que nos impulsionou em direção a um caminho como disse acima, bastante diferente.
E de uma forma ampla, a partir do Projeto Internacional diversos frutos foram colhidos: inter-temporada do primeiro time em Orlando durante a Copa das Confederações em 2013, pré-temporada e disputa do Florida Cup em 2015, parceria com Michael Johnson Performance, parceria e relacionamento com diversos clubes ao redor do mundo, parceria com o curso de inglês Brasas para aulas gratuitas para atletas e profissionais da base do Fluminense, participação em congressos internacionais, visitas a clubes em todo o mundo e etc.
Mas nosso foco principal com o Projeto Internacional era mesmo o Plano de Carreira para os atletas, qualificação (internacional) dos profissionais e principalmente a melhoria e qualificação do ser humano (atleta) e por consequência do jogador de futebol.
E foi assim que viajamos para os mais diversos cantos do mundo para disputar torneios internacionais. Sempre buscamos torneios onde nossos atletas tem a oportunidade de ficar em casas de famílias numa espécie de intercâmbio cultural.
O raciocínio é lógico: Se algumas famílias que tem condição financeira investem pesado na melhoria da educação de seus filhos através de intercâmbios no exterior, por que não poderíamos fazer o mesmo ?!?!
As viagens para o exterior permitem que nossos atletas conheçam uma nova língua, uma nova cultura, novos hábitos alimentares e etc.
E em grau de importância similar nossos atletas tem a oportunidade de jogar em gramados de qualidade excepcional, enfrentar grandes equipes do cenário mundial e principalmente vivenciar experiências técnicas, táticas e físicas completamente diferente do que vivem aqui no Brasil.
Nesse mesmo “barco” dos atletas viajam os treinadores, preparadores físicos e os demais profissionais que trabalham na comissão técnica. E os mesmos “bebem da mesma fonte” que os jogadores.
Em paralelo iniciamos o projeto de alocação de nossos atletas em clubes parceiros no exterior.
Hoje podemos dizer com orgulho que o Fluminense tem jogadores espalhados na Europa, EUA, Índia e China. Temos atacantes se destacando na artilharia nos EUA, na Finlândia e na China.
Para se ter uma noção da força e abrangência de nosso Projeto Internacional, da equipe titular que conquistou o Brasileiro Sub-20 tivemos 5 jogadores com experiência em atuar no exterior: zagueiro Ygor Nogueira na Bélgica, volante Luis Fernando nos EUA, atacante Marquinhos na República Tcheca e atacante Matheus Pato em Portugal.
E todos os demais jogadores da equipe Sub-20 tem em seu currículo, além da experiência pessoal citada acima, ao menos 15 importantes jogos internacionais o que certamente contribuiu muito no processo de formação desses atletas.
Por causa do Projeto Internacional, através do Marcel Giannecchini coordenador do  projeto, ainda tivemos a oportunidade de captar atletas estrangeiros sendo Bryan Olivera o grande destaque entre esses jogadores.
Como conclusão da apresentação dos principais pilares do trabalho que resultou na conquista do Brasileiro Sub-20 vale destacar que esses aspectos representam uma boa parte daquilo que estamos fazendo em Xerem, mas não sua totalidade.
Seria impossível discorrer num texto apenas todo o trabalho e projetos desenvolvidos atualmente em Xerém.
É importante destacar também que existe uma centena de profissionais envolvidos no processo de formação de atletas do Fluminense. Profissionais que hoje são de fundamental relevância no trabalho como: Coordenação Científica, Futsal, Captação, Psicologia, Assistência Social, Pedagogia, Nutrição, Departamento Médico/Fisioterapia, Vídeos, Guerreirinhos, Administração Geral e Manutenção do CT, Cozinha e outros.
E concluindo esse texto, podemos resumir todo esse processo de trabalho da base do Fluminense como uma grande viagem a um mundo diferente. Um mundo que hoje forma a identidade do trabalho que é realizado em Xerém. Identidade essa que está moldando e formando os profissionais e atletas da base do clube.
E no futuro teremos uma ideia mais clara dos resultados dessa viagem.......................
Marcelo Teixeira
Gerente Geral das Divisões de Base do Fluminense

sábado, 8 de agosto de 2015

P.S.

A derrota para o Avaí hoje, entretanto, não foi culpa do volante volante Pierre.
Debitemo-la na conta do sr. Enderson Moreira. Técnico que se preze não escala um Pierre quando tem o Cícero no banco. E, pior, quando bota o Cícero pra jogar, tira o Scarpa do meio, esconde o garoto na lateral, e mantém o Pierre Pierre de terceiro zagueiro.

Fica decretado ...

... Estão banidos do futebol brasileiro os volantes volantes, aqueles que só sabem defender; e olhe lá!

Doa-se:
o volante volante Pierre.
Tratar com o sr. Peter Siemsen, rua Álvaro Chaves, Laranjeiras, Rio de Janeiro.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A notícia abaixo é boa ou ruim?

Deu no G1:


De Roger a Gerson: vendas de jovens de Xerém geraram cerca de R$ 235 mi

Tricolor movimentou apenas em 2015 R$ 91 milhões com saídas de Gerson e Kenedy


A espanholização do futebol brasileiro: deu no Estadão!

(Obrigado pela contribuição, Teatini)

Cotas de tv a partir de 2016!!

Veja porque Flu e outros se tornarão  clubes pequenos em 3 anos!!

O novo contrato assinado entre os clubes e a TV Globo, no entanto, ainda segundo reportagem do O Estado de S. Paulo, prevê uma diferença de até 385% entre os membros do grupo 1 e do grupo 6. Enquanto Corinthians e Flamengo receberão R$170 milhões cada por ano, times como Coritiba e Goiás receberão apenas R$35 milhões anuais.

Veja abaixo informação completa, grupo a grupo, dos valores a serem recebidos de cota de TV entre os anos 2016-2018:

Grupo 1 - Corinthians e Flamengo – R$170 milhões cada
Grupo 2 - São Paulo – R$110 milhões
Grupo 3 - Palmeiras e Vasco – R$100 milhões cada
Grupo 4 - Santos – R$80 milhões
Grupo 5 - Cruzeiro, Atlético/MG, Grêmio, Internacional, Fluminense e Botafogo – R$60 milhões cada
Grupo 6 - Coritiba, Goiás, Sport, Vitória, Bahia e Atlético/PR – R$35 milhões cada

A principal queixa dos clubes não se dá exatamente pelo fato de Corinthians e Flamengo receberem mais que os outros, mas sim por razão da diferença de valores ser muito maior do que a praticada em anos anteriores.
Em 2015, por exemplo, Corinthians e Flamengo, do grupo 1, vão receber R$30 milhões a mais que o São Paulo, membro do grupo 2. No novo contrato, no entanto, essa diferença sobe para R$60 milhões.

Em relação ao grupo 3, composto por Palmeiras e Vasco, a diferença que era de R$40 milhões subirá para R$70 milhões.

No comparativo com o Santos, do grupo 4, a diferença será de R$90 milhões.
A diferença pro grupo 5 chega a incríveis R$110 milhões.
Enquanto a maior discrepância se dá em relação ao grupo 6: R$135 milhões de diferença.
Toda essa falta de equilíbrio tem gerado revolta entre os clubes dos grupos 2 ao 6, que já discutem com a TV Globo uma situação que está bem longe de uma resolução.

Em entrevista ao O Estado de S. Paulo, o presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, afirmou que “a CBF tem conversado com a Globo no sentido de viabilizar o interesse dos clubes”. O mandatário disse ainda que a CBF atua como “conciliadora” em situações como essas. O Estado ainda procurou, via assessoria de imprensa, o diretor da Globo para a área, Marcelo Campos Pinto, mas sem sucesso.

😬😬😬😬😬😬😬

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Meu Inter de Lages!

A edição brasileira do jornal espanhol El País fez uma bela reportagem com o querido Internacional da minha querida Lages.

O Inter lageano, depois de ter sido dado por morto e enterrado, nos últimos três anos, depois de recriado por torcedores e empresários locais, venceu, em 2013 e 2014, a terceira e segunda divisões do Catarinão, e, neste ano, chegou em um honroso quarto lugar no retorno à primeira divisão, atrás do Figueirense, Joinville e Chapecoense, deixando na sua rabeira outras forças locais como Criciúma e Avaí.

Agora disputando a Série D do Brasileirão, o Inter foi descoberto pelo El País por causa de um dado singular de sua história de 66 anos: neste final de semana que passou, o redivivo esquadrão futebolístico catarinense viajou pela primeira vez de avião, para São Paulo, para enfrentar o Red Bull em Campinas. Jogo que perdeu, mas isto não importa para efeitos deste post.

O que me importa é a lembrança de uma infância em que cresci, em Lages, torcendo primeiro para o Vasco local, porque era o time para o qual meu pai torcia, e cujo ídolo era o fabuloso goleiro Daniel. O grande adversário do Vasco era o Aliados, e eu, que, ouvindo a Rádio Nacional, me fizera no Rio torcedor do Fluminense, via no Aliados um Flamengo sempre a ser batido, mesmo por um Vasquinho interiorano. 

Isto foi lá por meados dos 1950, porque nos 1960 eu já era aguerrido torcedor do colorado lageano (essa história de Leão Baio é modernice que ainda não aceitei). Em 1965 me atirei de Porto Alegre para Lages, e vi, no Vidal Ramos, meu time ganhar do poderoso, rico, Metropol, de Criciúma. 1 a 0. Gol do Serramalte. Até hoje, meus amigos de maior fé em Brasília, quando almoçamos nas quartas-feiras, e pedimos, se a achamos no menu de biritas, Serramalte bem gelada, pensam que o Serramalte goleador da minha juventude é história inventada. Pois é verdade verdadeira. O Jaime, esse era o nome dele, dirigia, quando não estava treinando ou jogando, o caminhão de entrega da deliciosa cerveja pela cidade. Daí o apelido.

Que ataque era aquele: Puskas, Nininho, Serramalte, Almir e Anacleto.

Mas, péra aí, M.C.!!! deve estar pensando a minha velha amiga tricolor, Socialite dos Pés-Descalços, filha da imortal Grã-fina do Nariz Empinado: você não vai falar do Fluzão hoje, e daquele juiz ladrão que afanou a gente ontem em Chapecó? Só por que você é de Santa Catarina e, no fundo, deve ter gostado do roubo?

Menos, Socialite. Menos.

Vou falar, sim, mas antes preciso voltar ao meu pai que, nos nossos tempos de futebol, oficial e de várzea, era o único torcedor do América que existia em Lages (a propósito, meu amigo Nepomuceno disse que ia me trazer de São Paulo um livro autografado do José Trajano). 

Até hoje, me pego pensando se, no fundo, no fundo, em homenagem ao meu pai, Aureliano, mas Negrinho por apelido, não deveria virar a casaca e começar a torcer pro América.

Deve ser tão bom torcer para o América, o time de que todo mundo gosta, porque tem uma camisa bonita, o hino mais bonito já composto pelo Lamartine Babo (há quem jure ser plágio, mas isto já é outra história), não ganha campeonato, mas o torcedor não espera que ganhe mesmo, e quando ganha, como foi agora a volta para a série A do Cariocão, é uma festa só.

Nunca vi meu pai de cabeça inchada porque o América perdia. E nem eufórico quando, por acaso, o América ganhava, como em 1962, quando um, naquele época, raríssimo gol de um lateral, Jorge, nos tirou o Campeonato Carioca.

E agora responde à angústia da Socialite: perder pra Chapecoense me deixou, sim, de cabeça inchada. Mas, reconheço, jogamos direito, fomos melhores, os meninos da base são ótimos, só falta agora o Marlon voltar para a defesa. Sai Gum, sai Antonio Carlos. Tanto faz. Cara ou coroa.

E o Ronaldinho Gaúcho?
Apareceu pra treinar hoje. Pegou 'pesado' na musculação.
Mas, sobre isto, escrevo mais amanhã.





segunda-feira, 13 de julho de 2015

Sobre Ronaldinho: Fernando Paiva faz contraponto ao meu mau humor

Recebi de Fernando Paiva equilibradas ponderações sobre a contratação de Ronaldinho Gaúcho, que compartilho com vocês.
Era hora mesmo de alguém fazer contraponto ao meu mau humor:

Oi, Murilo! Tudo bem?
Minha primeira reação à notícia da contratação do Ronaldinho também foi de rejeição e temor: puxa, justo quando o time está começando a se entrosar e dar resultado vão trazer esse sujeito desagregador e festeiro?

Mas depois, analisando mais friamente, enxerguei alguns pontos positivos, dentro e fora de campo. Listo abaixo:

1) Ronaldinho pode passar experiência e ajudar a lapidar duas jóias que temos no elenco, reveladas em Xerém, os meias Gerson e Robert. Se ele cumprir esse papel e os garotos melhorarem seu futebol, sua vinda já terá sido útil (e rentável, já que Gerson está de malas prontas, mas o valor ainda não foi definido).

2) A vinda de Ronaldinho traz mais confiança para o grupo como um todo e preocupação para o adversários em campo. Por mais que esteja velho, ainda atrai a marcação, e deixa livres os outros companheiros. Passamos a ter dois craques para os quais os adversários vão querer fazer marcação especial: ele e Fred.

3) Ganhamos um batedor de faltas.

4) A contratação é a resposta definitiva de que o Fluminense não acabou e nem poderia acabar após a rescisão de contrato com a Unimed. Com uma gestão profissional e pés no chão tb é possível fazer contratações de peso – mas isso requer a constante revelação e venda de novos talentos, assim como uma melhor gestão administrativa do elenco (você sabia que Martinuccio, mesmo sem jogar pelo Flu, tinha um dos maiores salários do grupo? bizarro...). Mesmo achando que poderia ser melhor contratar outro atleta que não o Ronaldinho, sua vinda passa uma mensagem importante para o mercado da bola, para a mídia, para a torcida e também para os jogadores.

5) A vinda de Ronaldinho deve acelerar o crescimento do projeto sócio-torcedor e aumentar o público tricolor nos estádios.

6) Se nenhuma dessas razões é suficiente para justificar a sua contratação, tenho uma última que me dá um prazer particular: ver a cara de trouxa do Eurico Miranda, depois de haver anunciado que o Ronaldinho estava 90% fechado com o Vasco e que não iria para nenhum outro clube que não o cruzmaltino se ficasse no Brasil. A decisão de apresentar Ronaldinho à torcida justo no clássico contra o Vasco no próximo domingo diante da arquibancada sul (que Eurico reivindica) foi cruel! hahahahha

Apesar disso tudo, o risco existe, claro. Risco de esse sujeito se enfiar na balada e levar junto alguns dos nossos garotos. Ou brigar com Fred pela liderança do grupo. Enfim, pode desandar tudo. Mas, sei lá, sou um otimista e acredito que pode dar certo. Tomara que seja o Ronaldinho do Altético MG, não o Ronaldinho do Flamengo quem estamos contratando.

Abs!
Fernando



sábado, 11 de julho de 2015

Os vândalos chegaram ...

... e sequer tiveram que escalar os muros de Álvaro Chaves; encontraram os portões abertos.

Peter Siemsen está tendo o seu dia de Celso Barros.

Meu coração sangra.

Contratamos não um jogador, mas um artista de circo.

Caímos num conto de vigário.

Uma vingança contra o Eurico Miranda, que nos vai custar muito caro.

Tínhamos um líder positivo, Fred.

Enfiamos no clube um contra-líder, uma ex-jogador, um diletante, que desonra a memória de Preguinho, Pinheiro, Castilho, Telê, Valdo, Assis, Washington, Romerito, Conca ...

Esse Ronaldinho Gaúcho é um clown, um buffalo bill, uma lamentável caricatura de si mesmo.

Tudo isso vai nos custar muito caro.


De sibilas e vândalos

Antes do início do Brasileiro, depois de um sonho, pra não variar, otimista com o espírito do Nelson, mas animado com o otimismo do nosso torcedor-símbolo - que, no sonho, trovejava nos meus ouvidos: seremos campeões, MC! Campeões -, resolvi consultar as sibilas. Foi como se o Nelson tivesse inspirado essa minha viagem à Roma antiga, para consultar com as sábias mulheres que lêem o futuro na revoada de pássaros no céu da Cidade Eterna. E as sibilas, ao seu modo discreto, me disseram: ao final da décima segunda rodada o Fluminense estará na vice-liderança, e com viés de alta. Mas, e o alerta veio fulminante:
- Cuidado com os vândalos. Cuidado com os vândalos.
Claro que achei tudo muito interessante, e curioso, mas nem me dei ao trabalho de aprofundar a interpretação desse presságio.
Preferi, racionalmente, cravar aqui que, em 2015, disputaríamos o campeonato do décimo lugar, e, pior, com viés de baixa.
Pois não é que as sibilas, a quem o grande Júlio jamais deixava de consultar antes de fazer coisas, para ele, simples, como cruzar rubicões, conquistar gálias, submeter grandes líderes bárbaros, como Vercigentórix, estavam certas?
Chegamos à décima segunda rodada na vice-liderança, com viés de alta.
Mas, e aquele mas? Vândalos?
E esta manhã a verdade das sibilas se me veio clara como a luz que emana da Cidade Eterna mesmo quando nuvens carregam o seu céu de tantas glórias:
- Ronaldinho Gaúcho.
O alertas das sibilas era o presságio do tal projeto Ronaldinho Gaúcho que a nossa ínclita diretoria está armando. Essa barbaridade extemporânea poderá trazer para as Laranjeiras, para o santuário de Xerem, esse vândalo e sua entourage destruidora de lares.
E o sonho de mais um campeonato brasileiro poderá ir para o ralo da história se esse ex-jogador de futebol ainda em atividade pisar o solo sagrado das Laranjeiras.
Valham-nos os deuses para que isto não aconteça.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Em tempo

O boletim de sócio-torcedor (que sou, sem nunca ter sido; me associei, mas jamais me cobraram uma mensalidade) recebido hoje informa que as obras do CT da Barra já começaram.

Desabafo!

Qual é a notícia mais importante sobre o Fluminense que está a repercutir nos noticiários esportivos mais variados há cerca de duas semanas?
Novas contratações, reforços para o time meia-boca que está nas mãos ainda pouco experientes do Enderson Moreira?
O início, finalmente, da construção do nosso moderno Centro de Treinamento, na Barra? Ou seria em Jacarepaguá?
Peter Siemsen e Celso Barros fizeram as pazes, e a Unimed vai voltar a nos patrocinar?
O Guaraviton vai equiparar o patrocínio que nos dá ao que dá ao Flamengo?
Não é nada disso, naturalmente.
Estamos nas notícias porque o Barcelona nos deu, primeiro, uma grana para garantir prioridade na contratação do Gerson; e agora promete mais para ter prioridade também na contratação do Kenedy e do Marlon.
E ainda nos surpreendemos com os 7 a 1 da Copa, ou o vexame de ontem contra a Colômbia, na Copa América.
Aliás, o Dunga justificou o vexame dizendo que a cabeça do Neymar estava ruim por causa dos 'problemas' que está enfrentando na justiça espanhola.
E é aqui que as coisas se ligam: Havelante, Teixeira, Blatter, Marin, Del Nero, Hawilla, etc., mais o pai do Neymar, mais o Rosselli, ex-presidente do Barcelona, mais, muito possivelmente, o pai do Gerson, e o do Kenedy e o do Marlon (pobres meninos pobres), mais o Catar, o Dubai, o Berlusconi, chega!!!
A Lava Jato do Sérgio Moro e do Yousseff é fichinha perto dos lava jatos do futebol globalizado, que consegue fazer do Porto português uma potência futebolística num país quase tão empobrecido quanto a Grécia de hoje.
A penúria econômica e financeira do nosso futebol hoje, que se reflete na penúria técnica dos times que disputam os Brasileirões, é resultado, fundamentalmente, desse grande lavanderia globalizada, criada pelas máfias organizadas ao redor da Fifa, que devoram com seus fundos poderosos o terceiro mundo futebolístico, e criam monstros como o Chelsea, o City, o Paris St Germain, agora o Mônaco, sem falar na máfia dos resultados que quase acabou com o futebol italiano, mais o saco sem fundo que são os cofres do Barcelona e Real Madrid. Poupo por ora os alemães, até porque dinheiro é o que não falta naquele economia líder da União Europeia.
Quantos de nós tricolores sabemos que esse menino, o Fabinho, que o Dunga convocou, que está no Mônaco, foi criado e Xerém, e levado ainda imberbe para a Europa pelo Deco, agora empresário do futebol, junto com outro potentado do mercado de jovens talentos futebolísticos, sem jamais ter pisado como profissional em Álvaro Chaves?
Durma-se com um barulho desses.
Palmeiras, Ponte Preta?
Quem se importa?
O futebol brasileiro, e o argentino, e o uruguaio, e o colombiano, estão no sal e tão cedo não sairão dele.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

No post de hoje, a contribuição de um amigo de fé e lutas: João Carlos Teatini

Murilo,
Contra o Coritiba fomos bem, mas ontem melhoramos só na metade do 2o. tempo.
Estamos com um problema, com Vinicius (boa promessa), Gerson  (craque) e Wagner (burocrata). Para mim, jogando Vinicius, deve sair o Wagner, pois o Gerson tem que avançar e perde sua melhor característica, que é vir de trás com velocidade e habilidade. Acho ainda que com Edson e Jean, bastam Vinicius e Gerson, colocando mais um atacante para ajudar o Fred.
Quanto ao resto, o Wellington Silva é bem melhor que o Renato.
Acho, enfim, que estamos acima da média e talvez dê para ficar entre os oito primeiros.
Abração,
Teatini

Obrigado, Teatini.
Pela boa análise, e por valorizar meu modesto (mas não tão modesto quanto o modesto Ricardo Drubscky) blog.
Também acho que o Wagner pode sair, mas sairá, acredito, quando o Kenedy voltar, e tivermos um outro atacante pra botar ao lado do Fred (que ontem ficou dodói de novo; e o passado dele costuma nos condenar a longos períodos de ausência).
Um detalhe: o jovem Marco Júnior entrou bem nos dois últimos jogos. Ontem quase repete a façanha de um gol de cabeça. E foi lá em cima, o baixinho. E ainda levou, no rebote, um chute na cabeça, e se não leva a bola poderia muito bem entrar. E foi pênalti. E agora chega de tanto 'e' no meu comentário. Ficou mais sem estilo do que o Edson, cuja falta de estilo, justiça seja feita, não impede que seja uma das coisas boas do time nos últimos tempos.


sexta-feira, 5 de junho de 2015

Firmes no 'G8'

Quando o campeonato começou, ainda no tempo do Drubscky e seus 3 volantes, vaticinei aqui que iríamos disputar o décimo lugar, mas com viés de baixa, eventualmente. Ou seja, poderíamos até rondar a zona de rebaixamento.
Agora, com o Enderson, seus dois volantes e três meias, arrisco mudar o prognóstico inicial, enxergando ainda o décimo lugar como meta 'estratégica', mas com viés de alta: somos candidatos ao G8, o que, eu sei, não quer dizer nada, mas pelo menos nos livra de namorar o rebaixamento.
O que teria mudado de lá pra cá, além da mudança de técnico?
Quando o ano começou, foi aquele desastre da saída da Unimed. Era crônica de uma morte anunciada, reconheça-se. E necessária. Morrer pra nascer de novo, sem o peso que se tornara excessivo do poder paralelo do Celso Barros. Justiça seja feita, a diretoria agiu rápido, arrumando o patrocínio, 'universal' no futebol carioca (patrocinam até uniforme de bandeirinha) da Guaraviton, e se virando pra manter a espinha dorsal do time: Cavalieri, Gum, Edson, Jean, Wagner e Fred, este principalmente. E começam a chegar 'reforços'.
Foram: João Felipe e Vitor Oliveira, para a zaga.
Um atacante, diziam, de velocidade: Lucas Gomes.
Dois laterais esquerdos: Guilherme dos Santos (acho que o nome era esse) e Giovani.
E um meia (tínhamos perdido o Conca!!!!): Vinícius.
Vamos e  venhamos: que listinha chinfrim.
E, depois, para a felicidade do finado Drubscky, o Pierre.
Mais, felizmente, nossos já conhecidos Antônio Carlos, e o magnata Magno Alves.
Lembrei disso tudo pra lembrar que ninguém mais sabe que fim levaram o João Felipe e o Vitor Oliveira. O Guilherme dos Santos foi negociado não sei com quem. O Lucas Gomes esquenta banco, onde não pode, é claro, mostrar sua decantada velocidade.
Daquele lista inicial, a chinfrim, sobraram dois: o Giovani, um lateral meio lento, mas técnico, me sinto confortável com ele, e o Vinícius.
Tudo bem que não se trata de nenhum Conca, mas esse garoto dá ares de que vai nos proporcionar alegrias.
O Enderson parece ter achado o lugar do Vinícius: meia centralizado, organizando o ataque, com chegada na área, e ele ainda bate bem de longe.
Até agora, junto com o Fred, ele tem sido nosso caminho de subida até o 'G8'.
Que venha agora o Sport e a chance de encostar mais, ou até chegar no G4.






segunda-feira, 1 de junho de 2015

E o Gérson, hein?

Acordei cedíssimo hoje; o celular tocando.
Era minha grande amiga, a Socialite de Pés Descalços que, explico para os novos leitores desse blog, vem a ser filha de uma das grandes personagens de Nelson Rodrigues, a Grã-fina do Nariz de Cadáver, aquela que, na sua primeira vez no Maracanã, justo num Fla-Flu, perguntou: Quem é a bola?
Socialite, ao contrário da mãe, ou por causa dela, conhece muito, ama o futebol, e torce tanto pelo Fluzão que, nos intervalos dos seus intensos trabalhos sociais, por exemplo, na favela do Pereirão em Laranjeiras, não perde nem treino do Flu em Álvaro Chaves.
Mas, sim, meu celular tocou cedíssimo.
Estou em Nova Iorque, uma hora a menos do Rio de Janeiro.
Esquecida desse detalhe, e das maravilhas da internet, Socialite gritava ao telefone:
- Um show, M.C.; um show. Pena que você não viu; acabamos com eles ontem; e se o juiz não expulsa injustamente o Giovani - e ela acrescenta, sibilina: um gato, ele, você não acha? -, tinha sido uns 5 a 0.
Acalmei minha grande amiga, explicando que, se não tinha visto o grande jogo no Maraca, ontem, pelo menos escutei tudinho pelo rádio, sofrendo pra caramba durante aquele resto de segundo tempo, depois que o nosso lateral-esquerdo foi posto pra rua de modo tão injusto por aquele Meira Ricci. Mais ainda, logo depois do jogo, saí prum café no Starbucks, e cruzei, na frente do Empire State, com um jovem apressado, envergando nossa gloriosa camisa. Gritei pra ele: e aí, garoto! viu o jogo? Ele nem precisou dizer que sim. Sacou que eu era também um tricolor, nos demos um breve, mas afetuoso abraço, e cada um seguiu, feliz, o seu caminho. Enquanto deixávamos, afundado na zona do rebaixamento, o sempre arrogante adversário de ontem. Eles se acham!!! Mas ultimamente andam meio perdidões, isto sim.
Mas, por falar em se achar, o Enderson parece que achou um time. Mandou pro espaço o famigerado esquema dos três volantes de Drubscky, o breve; centralizou o Vinícius na armação, mas com liberdade pra chegar na área; aproximando ainda o Gerson, este principalmente, e o Wagner, do Fred.
E o Gerson, hein?
Ele, é porém, tema para um próximo post.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Que mundo é esse, em que a gente 'comemora' quando nossos futuros craques vão embora?




A última joia da Coroa Tricolor já tem destino engatilhado: Gerson, 18 anos recém-completados, está a caminho do Barcelona. O Fluminense acertou com o clube catalão a cessão da prioridade de compra, o que deve ocorrer na janela de janeiro de 2016, quando o Barcelona estará livre da punição imposta pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) – válida para este ano -, por ter descumprido a legislação sobre contratação de menores.   
 
O acerto contou com a presença de Marcos Antônio da Silva, o Marcão, pai do jogador, e um representante do Fluminense, que foram à cidade espanhola para assinar os documentos que deixam o meia-esquerda canhoto, de passadas largas e carreira meteórica, muito próximo de se juntar a Messi e Neymar, a partir do ano que vem.              
 
Gerson, Madureira x FluminenseO Fluminense, que detém 70% dos direitos de Gérson, já teria recebido um adiantamento de 3 milhões de euros (o equivalente a cerca de R$10 milhões) como garantia para amarrar o futuro negócio. Essa semana, o clube quitou parte de salários e 13º atrasados.  
 
A negociação por pouco não provocou uma cisão na relação com o empresário do jogador, Jorge Machado, que não participou diretamente das últimas ações, e, em razão disso, chegou a ameaçar ir à Justiça cobrar multa de R$ 4 milhões. Mas essa semana, Marcão e Machado se acertaram, em Porto Alegre, e devem prorrogar o contrato de procuração do agente com Gerson, que se encerraria em outubro. 

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Até podia ser melhor

Não foi um resultado ruim.
Se os speakers radiofônicos e os comentaristas estiverem certos, dizendo que o Cássio foi o nome do jogo, poderíamos mesmo ter vencido o Corinthians.
O Enderson Moreira acertou ao tirar o Pierre e escalar o Wagner; Edson (que, ao chutar o chão e fazer voar grama pra todo lado, fez o espírito do Denilson, o Príncipe Zulu, revirar-se todo na sua morada eterna) e Jean, são os volantes, e meias temos de sobra, em quantidade, infelizmente, porque não necessariamente em qualidade.
Foi esperto botar o Vinícius armando pelo meio, com o Gerson mais próximo da área, pela direita, e o Wagner, fazendo a correria de sempre, pela esquerda.
Por ora, é o que temos; o Fred que se vire sozinha lá na frente. Uma possibilidade: entrar com o garoto Magno Alves no lugar do Wagner, mais dentro da área, mais próximo do Fred.
Palpites de torcedor é o que nunca nos falta.
Eu acho, ainda brincando de comentarista, que o Renato, com suas limitações, é mais seguro que o igualmente limitado, Wellington Silva, mas ontem a mudança não deu certo.
Na defesa, o Gum fez a pixotada da tarde, que virou um presente do Guerrero pra nós, chutando pra fora com o gol vazio. Cavalieri, como sempre, muito bem debaixo da trave. Porque quando tem que sair .....
É isso.
Que venha agora o Flamengo.
Mas, antes, quero arrumar um tempo pra discorrer um pouco sobre um tema sociológico que ora me fascina: como pai de jogador está se tornando mais inconveniente do que mãe de miss.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Quadrângulo amoroso?

Fred gosta de Francis, que gosta de Ricardo, que gosta de Enderson.
Uma tragédia rodriguesiana ronda a Zona Sul,  ameaçando irromper em Álvaro Chaves.
Fred, nosso heróico centroavante, tem por assessor de imprensa um certo Francis Melo que, por sua vez, é empresário tanto do Ricardo Drubscky quanto do Enderson Moreira.
Até esta semana, a paz reinava entre os quatro.
Mas, agora, depois de tudo por que passou nesta semana,Ricardo desconfia do Fred e do Francis, e está muito magoado, muito mesmo, com o Enderson. Não consegue acreditar que o seu ex-pupilo o tenha apunhalado pelas costas,
- Eu praticamente criei esse menino, rumina Ricardo, cabisbaixo, enquanto anda de lá pra cá, de um cômodo para o outro, no casarão da família Drubscky, em Belo Horizonte.
E continua a ruminar:
- Só pode ser coisa do Fred. Ou foi do Francis?
A sombra da traição acompanha Ricardo, ameaçanda a paz do quadrângulo até bem pouco um exemplo de paz, um remanso para a alma desse homem hoje tão atormentado.
E, a julgar pelo treino de hoje nas Laranjeiras, parece mesmo que o Enderson traiu o Ricardo. Já sacou o Pierre do time, e botou o Wagner de volta.
Quanto ao outro Wagner, o Mancini, com esse sobrenome de técnico do Milan, fica, quem sabe, pruma próxima.
E que venha o Corinthians, com o seu badalado técnico, Tite Guardiola.


quarta-feira, 20 de maio de 2015

E o Drubscky se foi ...

... um pouco antes do que eu esperava.
Cair, cairia, mas imaginava que seriam ainda mais duas rodadas: Corinthians e Flamengo.
E agora?
Sem dinheiro, sem salários, sem lenço, sem documento, la nave vá.
E não importa quem venha; quem sabe o Argel Fucks (quem?), diz O Globo, ou o indefectível Ney Franco, ou o Enderson Moreira, nosso técnico Porcina, o que foi sem ter sido, pois só guardava o lugar pro Abel. De resto, estou meio frustrado porque até agora a crônica esportiva não especulou o meu 'preferido', o Wagner Mancini. Mas não importa mesmo quem venha; nosso elenco é meia boca, ou melhor, copo meio cheio, meio vazio.
Por que não efetivar o Marcão?
Mas não o Marcão, o auxiliar técnico, o grande volante da brilhante campanha da Série C, em 1999. Mas, o Marcão, o pai do Gerson. Quem sabe com ele de técnico o garoto fica mais uns dois anos com a gente, ao invés de ser vendido a preço módico para um Arsenal da vida e depois ser escondido em algum Almería espanhol.
Haja coração.
Essa noite vou invocar o espírito do Sobrenatural de Almada, e sonhar com o Nelson Rodrigues, o Valdo e o Zezé Moreira.


terça-feira, 19 de maio de 2015

E eu que não queria falar mais dos três volantes!

Jean, no Globoesporte.com, hoje:

"Perto de completar 29 anos, em junho, Jean foi surpreendido por ter que atuar em uma posição diferente. Jogou como meio-campista, pela esquerda. Ele admitiu que está com um pouco de dificuldades para se adaptar a esse novo esquema, mas frisou que fará tudo o que Drubscky orientar.

- Eu nunca atuei assim. Mas estou sempre disposto a ajudar. Nunca vou falar para o treinador que não quero, que não gosto, que isso ou aquilo. Mas a partir do momento que eu vir que não estou ajudando, que posso ajudar mais em outra função... Existe um tempo de adaptação também. Tenho 28 anos, vou fazer 29, e é difícil conseguir uma adaptação rápida assim em uma função que nunca joguei - avaliou."

Essa bola eu já tinha cantado.
Pra fazer o Pierre jogar, o Drubscky esconde o Jean como um meia, pela esquerda.
Agora, discretamente, Jean dá seu recado.
Não é enchendo o time de volante que se arruma uma defesa. Os zagueiros - Gum, Henrique, Antonio Carlos, e o jovem, e brilhante, Marlon - são os que temos. Há é que se treinar posicionamento.

Se coisas básicas como essas forem feitas, dá pra pensar num bom décimo lugar.



segunda-feira, 18 de maio de 2015

Ricardo Drubscky

Foi muita maldade do torcedor que jogou moedas no Ricardo Drubscky, domingo à tarde, no Mané Garrincha . Nosso modesto técnico é modesto não apenas no seu modesto currículo, no modesto  jeito que fala; ele é modesto até no modesto salário que ganha, em comparação com os seus confrades: são modestos 100 mil reais por mês. Torcida joga dinheiro em mercenário, e Ricardo Drubscky, nos modestos clubes que treinou, jamais apresentou-se como um mercenário. Pelo que sei, sequer andou treinando times nas Arábias, onde se ganha salários em nada modestos dólares.

Confesso que sou admirador do Cristóvão Borges, um sujeito modesto, mas um modesto diferente; um modesto altivo, sem qualquer laivo da arrogância de um Renato Gaúcho (que os deuses nos livrem dele para sempre), por exemplo. Mas confesso também que me irritavam as substituições em geral equivocadas que o Cristóvão costumava fazer, até mesmo quando a gente estava ganhando.

Apesar disso, queria que ele ficasse.
Não ficou, e o leite está derramado.

Quem virá agora? pois não acredito que o Drubscky vai conseguir segurar o rojão de início de campeonato. E se ganharmos do Corínthians domingo? alguém poderá perguntar. É até possível ganhar, mas, como já escrevi dias atrás, entramos pra disputar o décimo lugar, menos pela modéstia do nosso modesto treinador, e mais pelo elenco desigual e raso que temos.  Do décimo não é difícil começar a desabar para o vigésimo, já que pensar que vamos galgar a escada até o quarto lugar, e uma vaga na Libertadores soa como delírio hoje.

Por isso, é justo pensar, sendo o futebol brasileiro como é, que já, já a diretoria vai querer se livrar do Drubscky. E eu acho que ele tem mesmo que durar pouco. É modéstia demais para o nosso modesto elenco.

Por isso, antes que alguém lance a candidatura do Gaúcho, do Ney Franco, do Dorival, me antecipo, e lanço a do Wagner Mancini.

Por que?

Sei lá! Porque nunca foi nosso técnico e, na falta melhor justificativa, porque simpatizo com a cara dele.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Ainda os três volantes

Li na coluna do André Rocha, no espn.com.br, analisando o, antes, genial, mas, desde ontem, patético Corinthians: 
"O volante, além de desarmar, tem como principal função no futebol atual desafogar o próprio time e começar a desarticular o adversário com um passe que otimize as ações ofensivas, encontre os companheiros no mano a mano ou até em vantagem numérica no setor onde está a bola. Mas Ralf toca de lado, a jogada até sai, porém não tão rapidamente quanto poderia."
Troco Ralf pelo Pierre, e volto ao meu assunto preferido do momento: os 3 volantes do Drubscky. O Edson, embora longe de ser um grande jogador, desarma bem, tem bom passe, e sai rápido. Ele é o nosso primeiro volante. Jean, melhor jogador que Edson, é o segundo volante, por todas as qualidades que já mostrou nos últimos anos. Querer transformar o Jean em meia nessa altura da vida dele é pior do que o Muricy insistir em transformá-lo em um lateral medíocre durante anos no São Paulo, sem deixá-lo jogar onde rendia melhor. Ainda pior faz o Drubscky, que tem na mão um caminhão de meias: os promissores Gerson e Robert, mais Wagner, Vinícius, Marlone (que fim levou?), e o finado Martinuccio.
De resto, o Atlético Mineiro depois da desclassificação da Libertadores ontem, para o Inter, virá fervendo contra nós, domingo em Brasília. Um belo time, muito bem treinado pelo Levir Culpi (justo o cara que dispensou o Pierre, pois quer volante que agrida, e não fique só defendendo e passando para os lados).
Haja coração!









sábado, 9 de maio de 2015

Três volantes é meuzovo!

O professor Drubscky, espero, aprendeu uma lição hoje: três volantes é meuzovo!
Tudo bem que o Edson não é nenhum Busquets; e o Jean, nenhum Raktic. E o Fluzão não é, pelo menos ainda, nenhum Barcelona -;). Mas, nossos volantes são eles. Não importa que a diretoria tenha contratado o Pierre. Deixa ele no banco pras emergências. E vamos jogar com dois meias; o Gerson, nosso maior talento individual hoje (não podemos esquecer que só tem 17 anos), e o Vinícius. Robert e Wagner são emergenciais também. E força pro garoto, apesar das vaias desta noite. Ele, Marlon (a melhor coisa que nos aconteceu na zaga desde Tiago Silva), Kenedy e o Gerson são a prova de que Xerém funciona.
A vitória foi magra.
Como magra deverá ser a temporada toda, rumo ao décimo lugar e à Sulamericana.
Nem por isso, há que se deixar de sonhar.
Porque pesadelo já me basta o que tive hoje, na soneca pós-almoço: Drubscky fora demitido antes mesmo do jogo com o Joinville, e na nossa área técnica, óculos de sol espelhados e camisa de lycra justíssima, estava o, com perdão das más palavras, Renato Gaúcho.

Rumo ao décimo lugar, e com 3 volantes

Hoje começa pra nós um ano que tem tudo pra ser muito sofrido.
Ricardo Drubscky parece encabulado por dirigir um time com tanta tradição. Quase ao ponto de pedir desculpas a cada entrevista que dá.
Já até tentou nos vacinar contra esperanças vãs, dizendo que será um ano de 'reconstrução', que não vamos disputar o título, sequer falou em Libertadores.
Logo, é justo concluir: vamos disputar algo como o décimo lugar, ora namorando o rebaixamento, ora subindo de novo pro meio da tabela; quem sabe lá um Sulamericana?
Mas, o que me deixou mais preocupado não foi nada disso, e sim os três volantes; e pior, o Gerson no banco.
Pierre, Edson e Jean. De certo admirador do José Mourinho, o estudioso Drubscky está pensando em estacionar um ônibus na frente da grande área, e o Fred que se vire lá no ataque.
Daqui a pouco saberemos o que de fato se passa na cabeça do professor Ricardo Drubscky (que é professor mesmo, dos cursos da CBF, e tem livro publicado). Apesar de tanta reticência, torço por ele, por sua modéstia, pela chance de treinar um time grande e mostrar seu valor, como está na letra do samba.
Que venha o Joinville!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Grato, Rogério.

Recebi de Rogério Thomaz Jr. uma deliciosa história, que ele recolheu durante a pesquisa para um livro que escreve; história que agora compartilho com vocês, como homenagem também à memória do saudoso Eduardo Galeano:


"Meados dos anos 80, nosso timaço estrelado pelo Casal 20, por Don Romero, Branco, Ricardo Gomes e Paulo Vitor, entre tantos outros.

Eduardo Galeano, em pesquisas para o primoroso "Futebol ao sol e à sombra", visita os amigos cariocas, dentre os quais os tricolores Chico Buarque, Hugo Carvana e Eric Nepomuceno.

Lá pelas tantas, Chico evoca o eterno Cartola e o seu amor ao Fluzão, tentando convencer o uruguaio ilustre do vínculo entre o Tricolor das Laranjeiras e a Mangueira.

A troça foi exitosa por alguns minutos. Quando Chico perdeu a medida e tentou explicar a relação da bandeira da Itália com as origens do Fluminense, o visitante percebeu que estava sendo vítima de gozação.

Isso não evitou que alguns jornais do Rio, na manhã seguinte, estampassem notas "revelando" o "amor" de Galeano ao Fluminense.

Era a continuação da troça de Chico, que não perdeu a oportunidade passar o "furo" aos amigos jornalistas.

No meu livro (para o qual entrevistei o Chico) contarei mais detalhes desse episódio e de outros envolvendo essa dupla.

PS: Galeano era torcedor tricolor, mas do tricolor uruguaio, o glorioso Nacional."

Valeu, Rogério!
Grato pela deliciosa historinha tricolor. E aguardamos todos ansiosos o seu livro.



Xerém é hoje o meu maior orgulho como torcedor do Fluzão.

Flu consegue certificado de Clube Formador de Atletas, antigo desejo

Tricolor é o único dos grandes do Rio a obter este título, e agora fica mais protegido com possíveis indenizações com saídas de atletas amadores

Por Rio de Janeiro


O Fluminense conseguiu na última semana uma grande vitória nas divisões de base, mas não foi dentro de campo. O Tricolor obteve o desejado certificado de Clube Formador de Atletas, que nenhum dos outros grandes do Rio tem, apenas o Nova Iguaçu. Entre outras vantagens, o Flu agora tem direito a indenização quando qualquer atleta amador deixar o clube e se transferir para outro.
CT Vale das Laranjeiras (Foto: Bruno Haddad/ Fluminense FC)Visão aéra do CT Vale das Laranjeiras, em Xerém (Foto: Bruno Haddad/ Fluminense FC)

De acordo com Marcelo Teixeira, gerente executivo da base do Fluminense, o clube teve dificuldades para conseguir o certificado via Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), e só obteve após acionar a CBF. 
- Temos que ressaltar que o Fluminense já estava pronto para receber há bastante tempo, quase um ano, mas tivemos muita dificuldade para que a Federação viesse aqui avaliar. Como não vieram, fizemos via CBF, e, finalmente, temos o certificado. Cumprimos todos os itens. É um orgulho muito grande. Estamos em conformidade com a legislação e nos protegemos quando a possíveis indenizações no futuro - disse o gerente. 
Para receber o certificado, o Flu teve que cumprir uma série de itens, entre eles a presença de médicos, preparador físicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais e educacionais, além de um programa de alimentação.
CT Vale das Laranjeiras (Foto: Bruno Haddad/ Fluminense FC)CT Vale das Laranjeiras (Foto: Bruno Haddad/ Fluminense FC)

O Flu também precisou provar que tem vestiários com condições adequadas de segurança, ventilação, iluminação, higiene e salubridade, devidamente revestidos com azulejo e piso antiderrapante.  Área seca com assentos, chuveiros de água quente e fria, sanitários individuais e bebedouro de água potável.  
Se já tivesse o certificado antes, o Flu teria menos problemas, por exemplo, no caso do atacante Paulo Vitor, que largou as atividades em Xerém e foi para o Vasco. O caso gerou uma grande confusão entre os clubes. Marcelo Teixeira afirmou que a bolsa dada ao atleta estava em dia, contrariando a versão vascaína. O dirigente garantiu que o Tricolor vai correr atrás do que entende ser seu direito. 
Paulo Vitor, Fluminense Sub-15 (Foto: Bruno Haddad / Fluminense FC)Paulo Vitor abandonou o Flu e passou a treinar no Vasco
(Foto: Bruno Haddad / Fluminense FC)
- O atleta tinha contrato de bolsa formação em vigência, e estava em dia, temos como provar. Não poderia ter sido transferido pela Federação e pela CBF para o Vasco. Foi contra as próprias regras estabelecidas pelas duas entidades. Agora, vamos buscar nossos direitos junto à Ferj, CBF e Vasco. 
O caso Paulo Vitor já teve uma consequência para o Vasco, que foi excluído de um torneio sub-15. A punição pode ser maior, e o clube corre risco de ficar até dois anos fora de competições de base.
- Existe um código de ética estabelecido entre os principais clubes do Brasil e que vem sendo cumprido. O Vasco não seguiu, preferiu outro caminho. Os outros clubes estão unidos e vão seguir um caminho oposto. A tendência é de que aconteça em outros campeonato o que aconteceu neste sub-15 - finalizou Marcelo Teixeira.