sábado, 11 de julho de 2015

De sibilas e vândalos

Antes do início do Brasileiro, depois de um sonho, pra não variar, otimista com o espírito do Nelson, mas animado com o otimismo do nosso torcedor-símbolo - que, no sonho, trovejava nos meus ouvidos: seremos campeões, MC! Campeões -, resolvi consultar as sibilas. Foi como se o Nelson tivesse inspirado essa minha viagem à Roma antiga, para consultar com as sábias mulheres que lêem o futuro na revoada de pássaros no céu da Cidade Eterna. E as sibilas, ao seu modo discreto, me disseram: ao final da décima segunda rodada o Fluminense estará na vice-liderança, e com viés de alta. Mas, e o alerta veio fulminante:
- Cuidado com os vândalos. Cuidado com os vândalos.
Claro que achei tudo muito interessante, e curioso, mas nem me dei ao trabalho de aprofundar a interpretação desse presságio.
Preferi, racionalmente, cravar aqui que, em 2015, disputaríamos o campeonato do décimo lugar, e, pior, com viés de baixa.
Pois não é que as sibilas, a quem o grande Júlio jamais deixava de consultar antes de fazer coisas, para ele, simples, como cruzar rubicões, conquistar gálias, submeter grandes líderes bárbaros, como Vercigentórix, estavam certas?
Chegamos à décima segunda rodada na vice-liderança, com viés de alta.
Mas, e aquele mas? Vândalos?
E esta manhã a verdade das sibilas se me veio clara como a luz que emana da Cidade Eterna mesmo quando nuvens carregam o seu céu de tantas glórias:
- Ronaldinho Gaúcho.
O alertas das sibilas era o presságio do tal projeto Ronaldinho Gaúcho que a nossa ínclita diretoria está armando. Essa barbaridade extemporânea poderá trazer para as Laranjeiras, para o santuário de Xerem, esse vândalo e sua entourage destruidora de lares.
E o sonho de mais um campeonato brasileiro poderá ir para o ralo da história se esse ex-jogador de futebol ainda em atividade pisar o solo sagrado das Laranjeiras.
Valham-nos os deuses para que isto não aconteça.

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