sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Haja coração!!!

Renato Guerreiro escreveu:

"Não esqueça do que lhe disse acerca do nosso Rei Horcades, que manifestou sua enorme admiração pelo seu ícone na gestão esportiva – o ex de São Januário. Haja coração!!!!"

E eu respondo, de bate-pronto, e compartilho com todos e todas:

Foi por causa do que você me disse que acordei pensando no Rei Horcades e sua imensa e declarada admiração por Eurico, O Nosferatu, Miranda. Haja, mesmo, coração!!!

Intrigas na Corte

Começaram as intrigas na corte do Rei Horcades, e seu primeiro-ministro, Celso Garcia Richelieu. Pode sobrar para o ministro das justas, digo, dos esportes, Renê Simões, prestes a ser posto em uma solitária, sem janelas, mas com um enorme poster do Renato Gaúcho no teto mal iluminado. Uma nova Era das Trevas pode estar próxima de Álvaro Chaves.
Tal como um Lênin do futebol, repito obsessivamente a pergunta: o que fazer? O que fazer?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Caros Zé Márcio e Fernando

Murilo,

As coisas erradas são tantas que não dá para descrevê-las aqui e agora.
Ô timezinho ruim!!! Será culpa do jogadores ou do técnico?
Não existe um padrão de jogo, os jogadores rifam a bola, as nossas esperanças são, na verdade, grandes decepções.
E viva o Fernando Henrique que, apesar do nome, é bom paca!!!
Bom dia, se é que isso seja possível...
Zé Márcio


Murilo,
Falta um finalizador dentro da área, como foi o Washington ano passado. E falta o Conca e o Leandro Amaral reencontrarem o seu futebol. Basicamente é isso... Mas confio no Renê. Ele só precisa tomar cuidado para não perder o controle sobre o grupo.
Ah, e falta também esses dois laterais aprenderem a cruzar e a apoiar melhor o ataque. O Mariano tem se saído melhor. O Leandro não disse a que veio ainda...
Abs,
Fernando


Meus amigos, e quem mais se dispuser a ler essas nossas elocubrações tricolores.

Vocês dois têm razão, apesar do pessimismo mais explícito na justa acidez do Zé Márcio, e de uma certa esperança na lúcida análise do Fernando.

Vamos por partes:

De fato, o Fernando Henrique é bom, e nos tem tirado de boas encrencas. Se soubesse sair jogando com rapidez, seria um excelente goleiro.

Mariano de fato está jogando um pouquinho melhor que o Leandro; mas, por que não busca a linha de fundo? Por que insiste sempre em driblar para dentro, como se fosse canhoto? Que saudades dos dribles longos e dos cruzamentos certeiros do Gabriel.

Leandro, é verdade, não disse ainda a que veio. Li outro dia que se ele fosse realmente bom o Luxemburgo não soltava com a facilidade que soltou. Fiquei com a pulga atrás da orelha.

Edcarlos e Luiz Alberto estão fazendo o que podem, e são zagueiros acima da média do que existe por aí. O miolo da zaga não é nosso problema.

Sobre o Fabinho, nada mais a comentar. Diguinho? Romeu? Wellington Monteiro? Jailton. Jogue-se os cinco pra mim, e escale-se os dois que caírem primeiro.

Meias avançados: o Conca parece estar meio perdido, e estou preocupado com ele. Tomara que o Renê saiba lidar com esse argentino, ou ele se enterra de vez. O Thiago Neves tem prazo de validade, e sobre ele me recuso a falar. Laranjeiras não deveria ser escala de oportunista. Tenho alguma fé naquele Marquinhos, que foi do Figueirense. Quanto ao Leandro Bonfim, não sei se terá um bom ou um mau fim (que me seja perdoado o infame trocadilho), mas não levo muita fé nele. E o Leandro Domingues? Já foi negociado? Ou é tanto Leandro que o cara que faz a lista dos que vão jogar e ficam no banco acaba se esquecendo dele?

Mas é, sim, no ataque que está o nosso maior problema, como disse o Fernando.
Não estou seguro se o Leandro Amaral ainda tem futebol pra recuperar. O Roger, apesar do nome também saxão, não é nenhum Washington. O Everton Santos, que eu esteja errado, me parece meio fogo de palha. O Maicon é uma promessa de bom jogador, e nada mais do que isso. E o tão festejado Tartá? Será um novo Keyrisson? Não acredito. Tartá tem mais jeito de ciscador do que de atacante incisivo goleador.

P.S. sobre os atacantes: ano passado, não tínhamos só o Washington; andou por lá também o Dodô, um dos mais perfeitos finalizadores que o futebol brasileiro já conheceu.

Mas, a chave de tudo, neste momento, está no que o Fernando escreveu no fim do seu post: será que o Renê consegue manter o controle do time? Estou com medo de que já, já, o Conca comece a fazer corpo mole; que o Leandro Amaral comece a fazer intriga; e por aí afora.

Valha-nos São Castilho!!!

Por último, e não menos importante: cadê o Fred? Cadê o Fred? A imprensa risonha e franca já está dizendo que ele vai dar a maior esbonada na gente, para bater com os costados no Parque Antártica. Vamos ver ....

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Alguma coisa errada?

O estômago dói, a insônia se avizinha, mas deixo aí uma pergunta de final de jogo: tem alguma coisa errada? Ou será que é só desvio de começo de temporada?
Boa noite!

Vai ter que ser de virada!

Confio no seu prognóstico desta tarde, Teatini: 3 a 1, só que agora de virada: Conca, Leandro Amaral e Everton Santos.
Aqui do meu Maraca virtual, Guerreiro, saúdo você, com saudável inveja, aí no Maraca real.
Dito isso, não perco a viagem, amigos e amigas tricolores: sei que parece implicância, mas o Fabinho não dá - primeiro, empurra ou puxa; depois abre os braços, tão inocente quanto o Joãozinho das piadas da minha infância. Vá fazer falta assim lá nos cafundós da Gávea.
Mais duas palavrinhas, agora sobre os nossos laterais: Leandro continua devendo. E, como diria o meu pai, um dos dois únicos torcedores do América carioca que Santa Catarina já conheceu: que pixotada a do Mariano, hein!. A defesaça do Fernando Henrique não foi suficiente. O gol do Ipat...., perdão, do Botafogo, saiu do córner, e saiu rimado: de Maicossuel para Fahel.
Até já ...

Maracanã, lá vou eu!

São 16h10min.
Começo a me transportar mentalmente para o Maracanã, desligado inclusive dos resultados da Avenida (li em algum lugar que a Verde e Rosa vai cair, e isso me dá uma tristeza quase tão profunda como a que senti nas vezes em que o nosso Verde, Grená e Branco caiu). Transporto-me para um Maracanã sem Castilho, Pinheiro, Telê ou Valdo; como sem Nilton Santos, Didi - que um dia também foi nosso - ou Garrincha. No meu Maracanã virtual desta noite vão estar Fernando Henrique, Luiz Alberto, Everton Santos (nosso novo Fio da Esperança, vejam só!) e Leandro Amaral. Do lado deles, quem? Só consigo lembrar de um certo Maicossuel. Mas, estou otimista. A Guanabara tá com pinta de que vai ser nossa domingo, e semanas depois, a Rio, quando teremos a oportunidade de vencer o Vasco que derrapou no caminho esta vez.
Até logo mais, durante e depois do jogo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Local, regional, Nacional e um colunista global

Dia desses, em O Globo, o colunista Fernando Calazans, de graça, sem qualquer razão relevante, ironizou o Flu, chamando-o de time com 'vocação regional', só porque ele se chama, com muito orgulho pra nós, Fluminense. Sei que o Renato Maurício de Sorriso Prado é flamenguista. Pelo ranço demonstrado na coluna, o Calazans, com aquele cara de anão Zangado, deve ser rubronegro também. Se alguém por aí souber o time dele, mate-me essa curiosidade.

Lembrei-me do irritante comentário depois da nossa heróica vitória de ontem à noite, na Copa do Brasil, sobre o Nacional, de Patos, Paraíba. 1 a 0.

O que será que o Calazans diria do Nacional paraibano? Time com 'vocação', obviamente, 'nacional'? E o São Paulo? Vocação estadual? Municipal? E o Flamengo, então, que não passa de um clube de bairro?

Bons tempos aqueles em que os Nelsons, Joãos, Armandos, e outros menos votados, não escondiam suas paixões clubísticas, pretendendo-se imparciais observadores da cena futebolística, mas sem, por isso, deixavam de escrever, informar e, sobretudo, analisar as coisas muito bem.

Mas, e o jogo?
Quem assistiu viu que os caras bateram sem dó no primeiro tempo; que mais uma vez fizemos um bom primeiro tempo, pra jogar mal no segundo; que o Everton Santos mais uma vez fez gol; que iremos, tal como os adversários, em forma apenas razoável para as seminais da Taça Guanabara, e que por isso podemos acreditar em mais um título.

Mas, por falar em bater, os caras bateram tanto ontem, no referido primeiro tempo, que o Fabinho parecia o Didi, dos anos 1950, desfilando sua categoria no meio do campo, sobre os ombros um manto de príncipe etíope que mal roçava o gramado do Almeidão de João Pessoa.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sobrenaturalmente classificados

?Queria ter escrito este post ontem, mas não é que mal acabou o jogo em São Januário, recebi entusiasmadíssimo telefonema de uma amiga recente, a Socialite dos Pés-Descalços, que vem a ser ninguém menos que filha da Grã-Fina do Nariz de Cadáver, imortalizada nas crônicas do ainda mais imortal Nelson?

Outro dia falo mais sobre a Socialite, quem é, como a conheci; hoje o que importa é compartilhar com vocês o entusiasmo dela após nossa milagrosa classificação para a semifinal da Taça Guanabara.

Ela, como feminista histórica, é a maior fã do Renê Simões que existe sobre a face da terra. Tudo por conta do belíssimo trabalho que o hoje nosso treinador fez com a seleção nacional feminina de futebol. A propósito, soube por um amigo comum, que foi quem me apresentou à Socialite pouco tempo atrás, que ela chegou a rasgar a carteira de sócia na cara do Horcades, depois das desastradas declarações machistas do nosso infeliz presidente sobre os neurônios dos mulheres. Só a muito custo impediram a revoltada Socialite de desembarcar das Laranjeiras e rumar para a Gávea.

- O Renê é o máximo, dizia-me insistentemente ao telefone, ontem, após o jogo.
- Simplesmente o máximo, repetia.

Confesso que gosto do jeitão do Renê; ele é articulado, sem os maneirismos linguísticos do Tite, sem a falsa modéstia do Vanderley, com a mesma calma do Mano, e sem o olhar sempre triste do Cuca.

E, concordando com a Socialite, embora não com e exagero desmedido dela, achei o máximo a resposta que o Renê deu depois do jogo a um repórter não identificado, mas com pinta da tricolor.

- Então, Renê, você parece que está se especializando em tirar o Fluminense do buraco! ?Foi assim na reta final do Brasileirão, e agora, nessa Taça Guanabara, classifica o time quando ele tinha só 6% de chance?

Fosse o Murici o entrevistado, teria mandado o repórter à *, e soltado uma resposta ranheta, desaforada.

Já o Renê, não!

Sem alterar a voz, sem humilhar o repórter, respondeu:

- No Brasileiro, sim. Mas, agora, não! Agora eu peguei o time desde o início; logo, fui eu quem o deixou na situação de talvez não se classificar. E eu não sou masoquista; não ia empurrar o time pra baixo só pra depois ter tirá-lo de lá depois. Infelizmente, aconteceu. E não vou fugir da minha responsabilidade. Depois daquele jogo com o Duque de Caxias eu fui a nocaute. Foi muito difícil me recuperar.

E assim, com uma serena resposta, Renê Simões fez sua justa autocrítica. A saída do Conca, ?lembram-se?, contra o Duque de Caxias, foi decisiva para a virada do adversário. E por que ele deixou o Fabinho e o Diguinho em campo contra um Vasco com 10?

Mesmo assim, sem o exagerado entusiasmo da minha amiga Socialite pelo Renê, compartilho com ela a certeza de que temos um bom treinador.

Vamos deixá-lo trabalhar.
Que o Vasco vença no Tapetão, e que venha o Flamengo.

Eles vêm de Obina, nós vamos de Everton Santos (que coisa, hein?; ontem as forças todas do além juntaram-se a nós. Apesar da santa incredulidade do Sobrenatural de Almeida, mas com a crença profana do Sobrenatural de Almada.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Da lambança à redenção

Sempre que vou ao velho estádio das Laranjeiras, na rua Álvaro Chaves, não deixo de me emocionar com o busto do inesquecível Castilho, logo à esquerda, depois do portão de entrada na sede social.
Pois até o bronze do busto do Castilho corou hoje depois da lambança que o Fernando Henrique fez, no segundo tempo: socou a bola pra fora da área e, ao cair, socou o estômago do jogador do Americano. Pênalti justíssimo; gol de empate do time de Campos.
Pois não é que o FH (vide P.S., abaixo) se redime! Mais de quarenta minutos, córner a nosso favor, lá vai o goleiro lambanceiro para o ataque. Córner cobrado, bola espirrada, Fernando Henrique salta pra cabecear, não para o gol, mas para o lado; um jogador do Americano tenta afastar a bola da área de bicicleta e acerta, ou não?, o nosso goleiro, naquele momento atacante. Pênalti duvidoso, mas danem-se as dúvidas. Benditas bolas paradas. Gol de Conca. Fim de jogo. 2 a 1. Em poucos minutos, Fernando Henrique foi de fato da lambança à redenção. Ufa!!!

P.S.:
Filhos não têm responsabilidade pelo nome que os pais lhes atribuem.
Na chácara, onde planto bananas aqui em Brasília, contratei um caseiro que se chama Clodoaldo, mas atende pelo nome/apelido Tito. E estou prestes a substitui-lo por um Jerry Adriani.
Se herdamos um FH no Flu, no Flamengo, se não me engano, joga um Getúlio Vargas. Nada mais natural (de repente me ocorreu um pensamento à toa: o que teria feito o flamenguista Roberto Marinho se o seu time contratasse um artilheiro chamado Leonel Brizola?).
Mas, não nego que às vezes fico incomodado em torcer por um Fernando Henrique.
Agora, incomodado mesmo ficaria um parente querido, cujo nome não vou entregar aqui, se, de repente, no Corinthians surgisse, e nem precisava ser nordestino, um goleiro chamado Luiz Inácio.
Eu não me surpreenderia se meu parente, indignado, se mudasse de armas e bagagens do Parque São Jorge para o Morumbi.

Brucutu

Intervalo.
Está 1 a 0, pra nós, é claro, contra o Americano, em Campos.
Gol, belíssimo gol, de Thiago Neves, cobrando falta.
Mas, este não é um informe de intervalo de jogo. É um chamamento à reflexão (oxalá o Renê lesse este blog; aliás, oxalá alguém, que não apenas eu, por dever de ofício, e o Teatini, por dever de amizade, lêssemos o Fluzão Bsb 2009). Reflexão sobre o Fabinho, que deve ser um atleta exemplar, uma pessoa excelente, nada por esse lado o desabona, acredito. Mas, em nosso meio de campo? Vocês já repararam que, quando ele vai para o combate, já vai pensando na falta e não no desarme? Fabinho é volante tipo brucutu, cabeça de área desses que até o Dunga, que, justiça lhe seja feita, jamais foi exatamente um brucutu, está dispensando. Por que não manter o Jailton? Ou escalar o Romeu? Ou experimentar o Wellington Monteiro na posição?
Enfim ...
O jogo recomeçou.
Meu palpite?
3 a 0; gols de Thiago Neves, mais um de falta, e do Luiz Alberto, em cabeçada após escanteio.
Ah!!! O que seria de nós sem as bolas paradas?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Saudades do Nelson

"Pode-se identificar um tricolor entre milhares, entre milhões. Ele se distingue dos demais por uma irradiação específica e deslumbradora".
Em O Profeta Tricolor - Cem Anos de Fluminense (Companhia das Letras, 2002)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

One more chance.

By Felipão Scolari, from London.

Pois não é que o rapaz ganhou mais uma chance! Tudo bem que o Thiago só entrou no segundo tempo, e já estava 2 a 0. Mas, se não entra, dava Itália, de virada. E o Marcelo, hein? God Save Xerem!

Last chance!

Ou o Dunga escala o Thiago Silva hoje, ou a gente antecipa a, inevitável, campanha "Copa 2010: Olá, olê, campeão só com o Renê!"

Lembrando 2008: Eu não disse?

Eu não disse¿


Eu não disse¿
Não disse que o Renato era o melhor treinador do Brasil, só não melhor, talvez, que o Luxa¿
Não disse que o Washington era um centroavante que reunia o arranque e a velocidade do Ronaldo com a técnica do Romário dentro da área¿
Não disse que o Romeu era um volante estilo Clodoaldo, aquele do Santos, que na Copa de 70 fez trio com o Gérson e o Rivelino¿
Não disse que o Roger era um zagueiro quase tão veloz quanto o Thiago Silva, apenas mais técnico do que o garoto (que azar o dele na Olimpíada, mas confio que vai se recuperar)¿
Não disse que o Thiago Neves não faz falta, pois, sem ele, o Conca joga melhor, porque joga mais solto¿
Não disse que o Júnior César é exemplo de amor pela camisa, de humildade, que jamais reclama do posicionamento de um colega¿
Não disse que o Dodô era exemplo de atleta dedicado ao time, um craque, e que o Somália deveria ser devolvido ao Santo André¿ Ou seria ao São Caetano¿
Não disse que o Flu, melhor do que qualquer outro clube, sabe lançar os garotos da base, sem risco do queimá-los¿
Eu não disse¿
Não, eu não disse nada disso.
Antes mesmo da torcida fazer o enterro simbólico do Renato, do Romeu, do Dodô, e assim por diante, no Maraca, ontem à noite, na hora do jogo contra o São Paulo,eu os enterrei aqui neste espaço de desabafo de um tricolor carioca em estágio agudo de sofrimento esportivo.
Mas, por falar em São Paulo, e o tricolor paulista, hein¿
Que vitória a de ontem!!!
3 a 1, e igualzinha a da Libertadores ...
Agora posso dormir descansado, pensei. E dormi, de fato. De ontem, 6 de agosto, a hoje, 7.
Mas o descanso não foi tão descanso assim, pensando bem. Primeiro porque tinha que madrugar para ver o Ronaldinho, o Gaúcho, brilhar na Olimpíada (mais sobre ele no pé desta página). Assim, abri os olhos às 5h30, antes do celular, digo, despertador, tocar. Segundo, porque tive um sonho que, só agora, ao escrever essas mal traçadas, consegui decifrar. No sonho, eu viajava por uma esburacada, logo redundante, BR, e o pneu do carro furou. Estou ferrado, pensei, enquanto saía do carro ... E estava mesmo, me dou conta agora, porque o pneu tinha furado na entrada de uma cidade (eu viajava, não sei porque, pra Belo Horizonte).
Na hora do sonho, ou teria sido pesadelo¿, o nome da cidade não me disse muita coisa. Mas, ele queria dizer muito mais do que eu imaginava: IPATINGA.
Até domingo, car@s amig@s.

Post Scriptum: na copa de 2006 o papo era o quadrado mágico, lembram¿ Kaká, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Robinho. Ou seria Kaká, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Adriano¿ Não importa. É que só hoje me dei conta que nenhum desses dois era o verdadeiro quadrado mágico. Este, que, como o outro, nem é, foi, tão mágico assim, é aquele espaço lá pela esquerda do campo, um pouco além da intermediária, um pouco aquém da linha de fundo, meio próximo da lateral esquerda, nem tão próxima da meia esquerda, por onde passeia o Ronaldinho Gaúcho desde seus últimos tempos de Barcelona. Vocês já repararam¿ Às vezes, no Barça, dava até certo, e eu achava que era um esquema tático genial do Frank Raykaard. Um Ronaldinho nem armador, nem meia atacante, habilidoso sempre, driblando, servindo o E’To, o Deco, etc. Hoje, eu começo a acreditar que o Gaúcho, ao invés de achar seu lugar mágico no campo, anda meio perdido, em meio a uma aguda crise de identidade futebolística. Quem sou¿ De ontem vim¿ Para onde vou¿ Só espero que o Dr. Sigmund Dunga seja tão bom psicanalista quanto é treinador de futebol. Sem ironia, gente .... Acreditem!

Lembrando 2008: Sou colorado. E daí?

Sou colorado; e daí¿

Meus amigos de esporte, os cariocas e os paulistas, principalmente, costumam se espantar: “Mas, você, um catarina, barriga-verde, torcer pro Fluminense! Não faz sentido. Me explique isso!!!”
Primeiro eu explico que catarina eu sou, e com muito orgulho, orgulho principalmente da maior de todas as catarinas, que não se chamava Catarina, mas Anita, mulher de Giuseppe Garibaldi; mulher arretada, guerreira, heroína Farroupilha, aqui, e republicana lá, na Itália, para onde foi lutar ao lado do marido. Mas, barriga-verde não sou. Barriga-verde pra nós, lageanos, foram e ainda são os florianopolitanos, os manezinhos da ilha, os chupins da capital, metidos a besta, com complexo de carioca, que achavam que seus bloquinhos de carnaval dos 1960s eram escolas de samba.
Santa Catarina, meus leitores e leitora desse mal arranjado blog fechado, é um estado sui generis nessa nossa sui generis federação. Lá dentro somos uma federação de regiões, de municípios, de cidades. Mas, uma federação mesmo, com pretensão a grandes autonomias, se não políticas, pelo menos culturais. O pessoal do Oeste é do Oeste; o do Norte é do Norte; o do Vale do Itajaí é do Vale do Itajaí; o do Sul é do Sul; e os manezinhos que se danem, pois nem donos do litoral eles conseguem ser, apesar das belíssimas 51 praias da ilha. Quem é de Chapecó é de Chapecó; de Joaçaba é de Joaçaba; de Joinville é de Joinville; de Itajaí é de Itajaí; de Blumenau é de Blumenau; de Mafra é de Mafra, e assim por diante.
Logo, com mais razão, quem é de Lages é de Lages, com um agravante. Tal como alguns irmãos do Oeste, gostamos de nos pensar gaúchos. Gaúchos, disse. E não rio-grandenses-do-sul, e muito menos porto-alegrense com aquela fala mole, engraçada.
Por isso, sou colorado. Mas, colorado de Lages, mesmo que o meu Internacional lageano esteja hoje fora de combate, longe daquele esquadrão que foi campeão estadual em 1965. No carnaval deste ano fui a Lages; não pra curtir a folia de Momo, esclareço, porque lageano que se preza não é dado a essas futilidades; fui pra rever familiares. Como sempre faço quando estou lá, saio pra longas caminhadas. Pois de uma delas voltei chorando. O antigo estádio do Inter de Lages, o glorioso Areião da Copacabana (sim, lá em Lages também tem um bairro chamado Copacabana), virou uma tapera. Mal tive coragem de olhar. Uma tristeza de dar dó.
Mas, afinal, vocês devem estar pensando, por que esse cara se mete de novo em nossas caixas postais, e desanda a falar de Santa Catarina, de Lages, de um desconhecido Internacional lageano, cujo campo, ele mesmo diz, virou uma pungente tapera¿
Me explico, car@s leitor@s.
Nosso querido Alexis Stival, o Cuca de já duas extraordinárias vitórias no Brasileirão à frente do vice-campeão da Libertadores da América de 2008; o Cuca já treinou o Internacional de Lages.

Eu sabia, eu sabia que alguma coisa maior me ligava a esse jovem e promissor ‘professor’. Quem pisou a lateral do Areião de Copacabana, mesmo que hoje ela esteja perdida em uma tapera; quem pisou naquela lateral, para ele está reservado um futuro de glórias futebolísticas. Mas, não me perguntem por que¿ Não saberia responder. É o Sobrenatural quem me diz isso. Não o de Almeida, porque esse era amigo só do Nélson, mas o de Almada, espírito de um espanhol que morou em Lages muitos anos, um amante do futebol, que mudou para o Brasil depois que o Real Madrid dispensou o Didi nos idos dos 1960, só porque ele era uma estrela que brilhava mais que o Di Stefano. Ciúme de argentino é fogo. O Almada, que só viria a se tornar Sobrenatural quase trinta anos depois de chegar ao Brasil e ir, sabe-se lá porque dar com os costados em Lages, tem sido um notável conselheiro meu em matéria futebolística. Foi ele, por exemplo, quem me adiantou que o Ronaldinho seria dispensado do Barcelona (sim, o Almada, mesmo depois de Sobrenatural, continua a acompanhar o futebol da terra natal), porque ninguém mais o agüentava ali no ‘seu quadrado’. Pois o Sobrenatural de Almada me garantiu dia desses que o Cuca não só vai levar o Fluminense de novo à Libertadores em 2009 (já estamos fora da zona de rebaixamento, viram¿), como em 2010 estará na África do Sul à frente de uma seleção brasileira capitaneada pelo Thiago Silva, com Fernando Henrique no gol, Arouca no meio do campo, Tartá na reserva do Kaká, e Washington, o já quase artilheiro do Brasileirão 2008, com a camisa 9, no comando do ataque.
Não costumo acreditar em profecias, mas quem sou eu pra discutir com um Sobrenatural¿

Lembrando 2008: Manhêêê!!! Eu não quero cair pra segundona!!!

Não sei se isso vai virar blog, certamente não será um diário, mas preciso escrever, desabafar, para tentar manter em razoáveis níveis de equilíbrio a minha sanidade futebolística.
Ou
Agruras de um torcedor doente do Fluminense.
Sim, é verdade. Adoeci, em dobro, visto que já era um torcedor doente do Fluminense.
Adoeci depois dessa vertiginosa viagem que juntos, nós torcedores doentes do Fluminense, fizemos nesses últimos meses, da terra ao limiar do paraíso, e agora, de volta à terra, hoje virtualmente enterrados nas profundezas da tabela de classificação do campeonato brasileiro.
Não sei se vocês viram, mas eu vi, ontem, o jogo contra a Portuguesa de Desportos. Jogo-emblema do que poderá estar à nossa frente.
Não mandamos a campo um time, mas um aglomerado.
Tudo bem, eu sei: os Thiagos estão na seleção olímpica; o Cícero, que nos veio lá do Figueira, de Florianópolis, e por quem poucos davam alguma coisa, foi-se embora pra Alemanha, seu talento reconhecido; o Gabriel voltou não sei pra onde, e até não faria muita falta se o seu reserva imediato não fosse o Rafael câmera-lenta; o Luiz Alberto arrumou cartão vermelho e não jogou ontem, como não também não jogou o Júnior César por conta de três amarelos. Outro dia os amarelos também nos deixaram sem o Conca, nossa hoje, com perdão da má metáfora, estrela solitária.
Tudo bem, eu sei disso tudo.
Como sei que o Mauricio não é lateral direito, e não estou ainda certo se é um bom volante. O coitadinho do Romeu sempre foi mediano, e não é agora que vai resolver nossos problemas de meio de campo. E o Igor¿ Cadê o Igor¿ Pera aí; ele jogou ontem ... Não, não, o Renato agora redescobriu o Fabinho. Mas, o Fabinho jogou ontem¿ Credo, não consigo lembrar!!! Não consigo, porém, esquecer do Anderson, que me deixou com saudade até do Sandro. Perto deles, o venerando - no melhor sentido da palavra - Roger parece um Thiago Silva
E os esquemas táticos do Renato¿
Acreditem, gosto dele e acho que tem talento, mas vou começar um abaixo-assinado para trazê-lo para Brasília. Essa história de Rei do Rio, precisa acabar. Uma hora treina o Flu, outra o Vasco, outra o Flamengo (ele andou por lá mesmo, ou é coisa da minha memória¿). O Renato precisa passar uma temporada treinando o Brasiliense, fazendo um curso de modéstia e controle de arrogância com o Luiz Estevão. Depois, quando for demitido, poderá treinar o CSA de Alagoas, ou o Lagarto de Sergipe. Antes de voltar ao Rio, quando voltar, uma boa passagem pelo interior de São Paulo, pelo Barueri, por exemplo, completará a necessária experiência que ainda lhe falta.
Contra o Cruzeiro, ele foi de Sandro, Luiz Alberto e Roger; Arouca, Igor (sic), Fabinho (sic) e Júnior César; Tartá; Washington e Dodô.
Contra a Portuguesa ele foi de Maurício, Anderson, Roger e Uendel; Fabinho, Arouca, Romeu e Tartá; Washington.

Todos sabemos que ele fez essas saladas por força das circunstâncias. Mas, um único atacante contra a Portuguesa¿ Só por que ir jogar no .... onde mesmo¿ ... Ah! No alçapão da Bombon ..., perdão, do Canindé!!!
Dodô no banco contra a Portuguesa!!! Vá lá que ele não gosta do Dodô, e que tem xodó pelo, e morre de saudades do, Leandro Amaral (atenção: não estou insinuando nada; ao que consta, o Renato é espada, que não faria feio em nenhuma távola redonda). Vá lá, ainda, que o Dodô anda emburrado e jogando pouco. Mas, o Dodô é o Dodô. Se jogar mal fosse critério, o Washington já estaria no banco e o Somália no campo.
O Washington, aliás, é um capítulo tático à parte.
O homem é centroavante à antiga, e é bom. Mas, quando o time anda mal e sem meio de campo, o que acontece¿ O centroavante, frustrado, recua para ver se pega na bola. Só que o Washington recuado é um desastre; ele e a bola nunca se deram bem. Se, como diria o (finado¿) Armando Nogueira, a bola fosse mulher, o Washington já estaria amargando uma Lei Maria da Penha. O que acontece, então¿ Mais frustração, braços abertos depois de qualquer encontrão do zagueiro, reclamação toda hora, juiz irritado, expulsão imerecida.
A propósito de expulsão, coitadinho do Tartá, no jogo da Portuguesa.
19 anos, recém chegado ao time de cima, meia atacante, e tem que virar Thiago Neves e Conca de uma hora pra outra. E ainda com responsabilidade de recuar, marcar, dar trombada. Logo ele que foi treinado pra receber falta, e não para fazer. Deu no que deu. Uma, duas, cartão amarelo, três, cartão vermelho. E ainda tinha quase meio primeiro tempo pela frente. Minha solidariedade, Tartá.
Solidariedade que, não obstante a falta que ele faz - falta ao time, não contra o time, explico -, não agüento mais ver o Júnior César abrindo os braços e reclamando dos companheiros toda hora, como se fosse um craque, um tipo assim sub-Roberto Carlos. Pega leve menino. Até o Juan põe você no chinelinho.
Enfim ....
Escrevi. Lavei a alma.
E deixo aí o meu grito de guerra:
MANHÊÊÊ!!! Acuda. Eu não quero cair pra segundona!!!