Eu não disse¿
Eu não disse¿
Não disse que o Renato era o melhor treinador do Brasil, só não melhor, talvez, que o Luxa¿
Não disse que o Washington era um centroavante que reunia o arranque e a velocidade do Ronaldo com a técnica do Romário dentro da área¿
Não disse que o Romeu era um volante estilo Clodoaldo, aquele do Santos, que na Copa de 70 fez trio com o Gérson e o Rivelino¿
Não disse que o Roger era um zagueiro quase tão veloz quanto o Thiago Silva, apenas mais técnico do que o garoto (que azar o dele na Olimpíada, mas confio que vai se recuperar)¿
Não disse que o Thiago Neves não faz falta, pois, sem ele, o Conca joga melhor, porque joga mais solto¿
Não disse que o Júnior César é exemplo de amor pela camisa, de humildade, que jamais reclama do posicionamento de um colega¿
Não disse que o Dodô era exemplo de atleta dedicado ao time, um craque, e que o Somália deveria ser devolvido ao Santo André¿ Ou seria ao São Caetano¿
Não disse que o Flu, melhor do que qualquer outro clube, sabe lançar os garotos da base, sem risco do queimá-los¿
Eu não disse¿
Não, eu não disse nada disso.
Antes mesmo da torcida fazer o enterro simbólico do Renato, do Romeu, do Dodô, e assim por diante, no Maraca, ontem à noite, na hora do jogo contra o São Paulo,eu os enterrei aqui neste espaço de desabafo de um tricolor carioca em estágio agudo de sofrimento esportivo.
Mas, por falar em São Paulo, e o tricolor paulista, hein¿
Que vitória a de ontem!!!
3 a 1, e igualzinha a da Libertadores ...
Agora posso dormir descansado, pensei. E dormi, de fato. De ontem, 6 de agosto, a hoje, 7.
Mas o descanso não foi tão descanso assim, pensando bem. Primeiro porque tinha que madrugar para ver o Ronaldinho, o Gaúcho, brilhar na Olimpíada (mais sobre ele no pé desta página). Assim, abri os olhos às 5h30, antes do celular, digo, despertador, tocar. Segundo, porque tive um sonho que, só agora, ao escrever essas mal traçadas, consegui decifrar. No sonho, eu viajava por uma esburacada, logo redundante, BR, e o pneu do carro furou. Estou ferrado, pensei, enquanto saía do carro ... E estava mesmo, me dou conta agora, porque o pneu tinha furado na entrada de uma cidade (eu viajava, não sei porque, pra Belo Horizonte).
Na hora do sonho, ou teria sido pesadelo¿, o nome da cidade não me disse muita coisa. Mas, ele queria dizer muito mais do que eu imaginava: IPATINGA.
Até domingo, car@s amig@s.
Post Scriptum: na copa de 2006 o papo era o quadrado mágico, lembram¿ Kaká, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Robinho. Ou seria Kaká, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Adriano¿ Não importa. É que só hoje me dei conta que nenhum desses dois era o verdadeiro quadrado mágico. Este, que, como o outro, nem é, foi, tão mágico assim, é aquele espaço lá pela esquerda do campo, um pouco além da intermediária, um pouco aquém da linha de fundo, meio próximo da lateral esquerda, nem tão próxima da meia esquerda, por onde passeia o Ronaldinho Gaúcho desde seus últimos tempos de Barcelona. Vocês já repararam¿ Às vezes, no Barça, dava até certo, e eu achava que era um esquema tático genial do Frank Raykaard. Um Ronaldinho nem armador, nem meia atacante, habilidoso sempre, driblando, servindo o E’To, o Deco, etc. Hoje, eu começo a acreditar que o Gaúcho, ao invés de achar seu lugar mágico no campo, anda meio perdido, em meio a uma aguda crise de identidade futebolística. Quem sou¿ De ontem vim¿ Para onde vou¿ Só espero que o Dr. Sigmund Dunga seja tão bom psicanalista quanto é treinador de futebol. Sem ironia, gente .... Acreditem!
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
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