quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Da lambança à redenção

Sempre que vou ao velho estádio das Laranjeiras, na rua Álvaro Chaves, não deixo de me emocionar com o busto do inesquecível Castilho, logo à esquerda, depois do portão de entrada na sede social.
Pois até o bronze do busto do Castilho corou hoje depois da lambança que o Fernando Henrique fez, no segundo tempo: socou a bola pra fora da área e, ao cair, socou o estômago do jogador do Americano. Pênalti justíssimo; gol de empate do time de Campos.
Pois não é que o FH (vide P.S., abaixo) se redime! Mais de quarenta minutos, córner a nosso favor, lá vai o goleiro lambanceiro para o ataque. Córner cobrado, bola espirrada, Fernando Henrique salta pra cabecear, não para o gol, mas para o lado; um jogador do Americano tenta afastar a bola da área de bicicleta e acerta, ou não?, o nosso goleiro, naquele momento atacante. Pênalti duvidoso, mas danem-se as dúvidas. Benditas bolas paradas. Gol de Conca. Fim de jogo. 2 a 1. Em poucos minutos, Fernando Henrique foi de fato da lambança à redenção. Ufa!!!

P.S.:
Filhos não têm responsabilidade pelo nome que os pais lhes atribuem.
Na chácara, onde planto bananas aqui em Brasília, contratei um caseiro que se chama Clodoaldo, mas atende pelo nome/apelido Tito. E estou prestes a substitui-lo por um Jerry Adriani.
Se herdamos um FH no Flu, no Flamengo, se não me engano, joga um Getúlio Vargas. Nada mais natural (de repente me ocorreu um pensamento à toa: o que teria feito o flamenguista Roberto Marinho se o seu time contratasse um artilheiro chamado Leonel Brizola?).
Mas, não nego que às vezes fico incomodado em torcer por um Fernando Henrique.
Agora, incomodado mesmo ficaria um parente querido, cujo nome não vou entregar aqui, se, de repente, no Corinthians surgisse, e nem precisava ser nordestino, um goleiro chamado Luiz Inácio.
Eu não me surpreenderia se meu parente, indignado, se mudasse de armas e bagagens do Parque São Jorge para o Morumbi.