Acordei cedíssimo hoje; o celular tocando.
Era minha grande amiga, a Socialite de Pés Descalços que, explico para os novos leitores desse blog, vem a ser filha de uma das grandes personagens de Nelson Rodrigues, a Grã-fina do Nariz de Cadáver, aquela que, na sua primeira vez no Maracanã, justo num Fla-Flu, perguntou: Quem é a bola?
Socialite, ao contrário da mãe, ou por causa dela, conhece muito, ama o futebol, e torce tanto pelo Fluzão que, nos intervalos dos seus intensos trabalhos sociais, por exemplo, na favela do Pereirão em Laranjeiras, não perde nem treino do Flu em Álvaro Chaves.
Mas, sim, meu celular tocou cedíssimo.
Estou em Nova Iorque, uma hora a menos do Rio de Janeiro.
Esquecida desse detalhe, e das maravilhas da internet, Socialite gritava ao telefone:
- Um show, M.C.; um show. Pena que você não viu; acabamos com eles ontem; e se o juiz não expulsa injustamente o Giovani - e ela acrescenta, sibilina: um gato, ele, você não acha? -, tinha sido uns 5 a 0.
Acalmei minha grande amiga, explicando que, se não tinha visto o grande jogo no Maraca, ontem, pelo menos escutei tudinho pelo rádio, sofrendo pra caramba durante aquele resto de segundo tempo, depois que o nosso lateral-esquerdo foi posto pra rua de modo tão injusto por aquele Meira Ricci. Mais ainda, logo depois do jogo, saí prum café no Starbucks, e cruzei, na frente do Empire State, com um jovem apressado, envergando nossa gloriosa camisa. Gritei pra ele: e aí, garoto! viu o jogo? Ele nem precisou dizer que sim. Sacou que eu era também um tricolor, nos demos um breve, mas afetuoso abraço, e cada um seguiu, feliz, o seu caminho. Enquanto deixávamos, afundado na zona do rebaixamento, o sempre arrogante adversário de ontem. Eles se acham!!! Mas ultimamente andam meio perdidões, isto sim.
Mas, por falar em se achar, o Enderson parece que achou um time. Mandou pro espaço o famigerado esquema dos três volantes de Drubscky, o breve; centralizou o Vinícius na armação, mas com liberdade pra chegar na área; aproximando ainda o Gerson, este principalmente, e o Wagner, do Fred.
E o Gerson, hein?
Ele, é porém, tema para um próximo post.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
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