terça-feira, 10 de abril de 2012

O jogo do lusco-fusco

Olaria, na rua Bariri.
Canto do Rio, em Caio Martins.
Bangu, em Moça Bonita.
São Cristóvão, em Figueira de Melo
Bonsucesso, em Teixeira de Castro (hoje, Leônidas da Silva)
América, em Campos Sales
E o Madureira, em Conselheiro Galvão.

Esses foram alguns dos estádios da minha infância e juventude; os jogos neles eu ouvia pelo rádio e, se eu sabia que nenhum deles era um Maracanã, as descrições entusiasmadas dos speakers esportivos me faziam crer em bucólicas praças esportivas, em um Rio de Janeiro romântico do qual o Rio de hoje, mesmo belo e maravilhoso, não é mais nem sombra.

Memórias que me vieram à mente depois que vi, pela TV é claro, o final de Fluminense 2 x 1 Madureira, em Conselheiro Galvão. Um final à sombra, literalmente. Não à sombra de um inclemente sol de verão, mas à sombra de uma lua que chegava devagarinho, trazendo a noite com ela. À sombra da lua porque o Conselheiro Galvão de hoje, como o de ontem, não tem refletores. Reflexos do organizadíssimo Campeonato Carioca, como reflexo de um Rio de Janeiro cuja economia citadina não sustenta tantos times na cidade, somados a tantos outros do interior.

Mas, o importante é que ganhamos. Cavalieri tomou mais um daqueles gols pelo alto que me incomodam tanto. Negou que tenha sido por causa do lusco-fusco. Gostei da honestidade dele. E espero que continue treinando muito, pra melhorar suas saídas do gol nas bolas altas.

Agora, é esperar o Boca e continuar brigando pela melhor campanha da fase eliminatória da Libertadores. Quanto à Taça Rio, tá difícil levar o campeonato carioca direto. Mas, não custa continuar tentando.

P.S.: Mais dois estádios, importantíssimos da minha infância e juventude: o Internacional de Lages jogava no Areião de Copacabana, e o de Porto Alegre, nos Eucaliptos. Bons velhos tempos aqueles em que minha mãe bordava a bandeira oficial da Federação Lageana de Futebol.

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