terça-feira, 17 de julho de 2012

A força do elenco e a teoria do Abel

O empate com o Botafogo foi um resultado justo e bom para nós. Bom porque, como reza o velho adágio: clássico é clássico. Empatar um clássico e, mesmo assim, ficar no alto da tabela de classificação, é sempre um bom resultado.

O jogo foi razoável. Jogamos bem o primeiro tempo, com segurança na defesa, apesar de uma falha infantil do Anderson que quase resultou em gol do Botafogo, ao que respondemos com uma cabeçada na trave, não lembro mais se do Fred ou do Samuel. Tivemos mais posse de bola, controlamos o jogo, mas faltou agressividade, penetração. Porque o Nem não estava bem fisicamente, Abel entrou com o Samuel, que é centroavante nato, sem cacoete de movimentação pelas laterais, sem drible longo, sem passe. Não entrávamos na área do Botafogo nem com reza braba. Mas fomos felizes no início do segundo tempo, do único jeito que seria possível marcar: na bola parada de Thiago Neves, um escanteio, Fred confirmou que gosta mesmo de fazer gol no Botafogo. A alegria durou pouco, porém. O Márcio Azevedo entortou o Bruno e fez um cruzamento perfeito para a cabeça do Andrezinho. Se o Nem tivesse entrado antes, o modesto lateral botafoguense talvez não tivesse feito a travessura que fez. Com o Nem em campo, ele é que foi entortado, ao ponto de levar cartão amarelo por três faltas seguidas no nosso garoto. Mas, com Nem ou sem Nem, o placar estava escrito. Com justiça para os dois lados.

Agora é o Bahia, no Engenhão, quinta; e a Ponte, em Campinas, domingo.

Abelão disse em entrevista que a fase que agora começa, de dois jogos por semana, tende a nos favorecer, graças ao equilíbrio e força do nosso elenco. Essa história de elenco forte vem nos acompanhando desde o início do ano, mas, exageros à parte, tem um certo fundo de verdade. Vamos torcer para que a teoria do Abel tenha ela também o seu fundo de verdade. E que consigamos segurar o Sóbis, sem ter que botar dinheiro demais nas mãos dos árabes.

Quanto a esses próximos seis pontos em disputa, dá pra levar todos, não obstante a boa fase da Ponte, que está com merecidos 15 pontos, não muito distante do alto da tabela. E vamos jogar em Campinas, o que torna as coisas mais difíceis, sempre.

E  o Personagem da Semana?

 Nesta semana, fiquei sem ele. Ou melhor, pra não ficar totalmente sem, vou inventar um Quase Personagem da Semana. Wagner fez domingo, a meu juízo, sua melhor partida desde que chegou. Aplicado taticamente, sem brilho, é verdade, mas jogando forte para o time.

Por último: assisti o Atlético virar contra o Figueirense, pra ganhar de 4 a 3. O time do Cuca não está aí pra brincadeira. Se o instável, mas muito bom treinador, mantiver a cabeça no lugar, o Atlético poderá ser o principal adversário a ser batido por quem pretender o título. Como nós pretendemos. E vamos ganhar.


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