segunda-feira, 21 de maio de 2012

A força de um elenco

Uma viagem profissional não me deixou ver hoje, ao vivo, a vitória dos nossos juniores, um pouco reforçados, sobre o time A- do Corinthians. Mas, acompanhei como pude pelo G1 e vibrei com a vitória e com o gol do coroa Leandro Euzébio, presente pra ele do menino Marcos Jr. Concordo que, assim como nosso time C ganhou do B do Corinthians, poderíamos ter perdido. Mas, que é fundamental largar no Brasileirão com vitória fora de casa, seja qual for a circunstância, isto é. E temos que continuar assim até julho, quando vamos carimbar os passaportes pra enfrentar a retranca ítalo-britânica do Chelsea no fim do ano.

Dito isso, quero falar do nosso elenco que, segundo a crônica especializada, é o mais forte do Brasil. Confesso que não gostava dessa história no começo do ano, principalmente porque desconfiava do miolo da defesa, do Cavalieri, inclusive, como tanto escrevi aqui. Acontece que, primeiro, a defesa melhorou, principalmente depois da volta do Gum, e, com ela, melhorou, e muito o Cavalieri, e, segundo, que outro miolo de defesa é muito melhor que o nosso: Rafal, Dracena e Durval? Prass, Dedé e Rodolfo? Cássio, Chicão e Leandro Castan?; só pra ficar com os times que sobrevivem na Libertadores.

Poucos nos demos conta, mas nesse último jogo com o Boca, só cinco, da vitória por 2 a 1 na fase de classificação, estiveram em campo: Cavalieri, Bruno, Anderson, Carlinhos e Thiago Neves. Se Leandro Euzébio foi sacado por opção técnica, Valência, Diguinho, Deco, Fred e Wellington Nem não jogaram por estarem machucados. Que outro time no Brasil pode hoje se dar ao luxo de, com tantas ausências, entrar com Gum, Edinho, Jean, Wagner, Rafael Moura e Rafael Sóbis? Concluo, com um exemplo que pode parecer aburdo: o que nos separa do Santos é só o Neymar, o que, reconheço, pode ser muita coisa. Mas, Henrique, Juan, o primeiro volante cujo nome até esqueci, o Arouca, Elano e Alan Kardec não são, na média, nem melhores, nem piores que os nossos titulares. O Fred até poderia desequilibrar um pouco a nosso favor, embora não com os problemas físicos, aparentemente crônicos, que tem. Mas, e o Ganso? Não me esqueci dele, não. Concordo que é um belo projeto de craque. Mas, o Deco, mesmo já veterano e com problemas fisicos, é hoje mais decisivo pra nós do que o Ganso pro Santos. E digo mais: o Ganso, por enquanto, é um projeto de Deco. Torço por ele; acho que vai chegar lá. Mas, por enquanto, sou muito mais o nosso craque luso-brasileiro.

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