Andava meio desanimado para escrever neste blog. Apesar do bom ano que estamos tendo. Ou, pelo menos, que vínhamos tendo, pois amanhã tem Fla-Flu, espécie de prova dos 9 para nós. Temos que começar a ganhar de novo. Só não sei se terei coragem pra assistir o jogo. Meu coração não vai tolerar uma derrota para o Flamengo nessa altura do campeonato.
Mas, não era bem isto que queria escrever. Vou deixar o nariz-de-cera aí em cima, não obstante.
Queria escrever, e agora escrevo, sobre o Valdo, nosso grande artilheiro dos anos 1950, nosso maior artilheiro até hoje, registre-se. Por obra de um jornalista tricolor, Valterson Botelho, que produziu um curta-metragem sobre o extraordinário jogar, Valdo (ou Waldo, como em sua certidão de nascimento) está no Brasil, para ter seus pés gravados na calçada da fama do Maracanã. Homenagem mais do que merecida, a um craque que se foi para a Espanha ainda nos anos 1960, para jogar no Valencia, e lá está até hoje.
Ontem, estive rapidamente no Rio para um compromisso acadêmico.
Tivesse a sorte me bafejado, e encontrasse Valdo, no Santos Dumont, ou passeando pela Urca, perto da UFRJ, o abraçaria emocionado, feliz por estar na presença daquele que, com Castilho, Pinheiro e Telê, me fez, na passagem da infância para a adolescência, um torcedor apaixonado pelo tricolor das Laranjeiras.
sábado, 18 de setembro de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Deu na imprensa
"Diguinho disse que o fundamento que Muricy pede mais capricho dos jogadores é passe:
- Ele diz que quem joga em alto nível não pode errar. É fundamental. Se errar, dá o contra-ataque, e se acerta, pode colocar o companheiro na cara do gol."
Se o Muricy der jeito no passe do Diguinho, pra não falar na brucutice dele, que também costuma render bons contra-ataques, para os adversários, é claro, é bem capaz que um dia ganhe, o Muricy, uma estátua, nas Laranjeiras, ainda que à sombra de Carlos José Castilho.
P.S.: Este blogueiro está de volta, depois de um período no exterior. Em Portugal, curtindo uns dias na bucólica cidade de Braga, no Hotel do Bosque, onde estava também o João Mourinho, que me confessou ser irmão, ainda que não reconhecido, do reconhecido, e marrento, técnico, José Mourinho; e na Inglaterra, em Londres, para onde a Unimed me chamou, pois o Celso Barros precisava da minha ajuda na negociação com o Chelsea, para liberar o Deco. Por falar em Celso Barros, que ele não me leia: acabei de sair de uma bem sucedida cirurgia de vesícula, patrocinada pela ... Amil.
- Ele diz que quem joga em alto nível não pode errar. É fundamental. Se errar, dá o contra-ataque, e se acerta, pode colocar o companheiro na cara do gol."
Se o Muricy der jeito no passe do Diguinho, pra não falar na brucutice dele, que também costuma render bons contra-ataques, para os adversários, é claro, é bem capaz que um dia ganhe, o Muricy, uma estátua, nas Laranjeiras, ainda que à sombra de Carlos José Castilho.
P.S.: Este blogueiro está de volta, depois de um período no exterior. Em Portugal, curtindo uns dias na bucólica cidade de Braga, no Hotel do Bosque, onde estava também o João Mourinho, que me confessou ser irmão, ainda que não reconhecido, do reconhecido, e marrento, técnico, José Mourinho; e na Inglaterra, em Londres, para onde a Unimed me chamou, pois o Celso Barros precisava da minha ajuda na negociação com o Chelsea, para liberar o Deco. Por falar em Celso Barros, que ele não me leia: acabei de sair de uma bem sucedida cirurgia de vesícula, patrocinada pela ... Amil.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Ganhamos mais uma ...
, jogamos um pouco abaixo do que mostramos contra o Corinthians, apesar da derrota, e contra o Atlético Mineiro, esta uma belíssima vitória. O Muricy sabe das coisas, a nova cara do time só pode ter a ver, pelo menos um pouco, com o técnico.
Mas, não vejo hora de aparecer alguém - Cleber Santana? -, pra mandar o Diguinho pro banco; ou melhor, pra lista de dispensáveis. Ele quase põe o jogo a perder com uma falta boba, no finalzinho do jogo, na lateral da área: empate do Vitória. O Diguinho não tem os mínimos recursos técnicos pra ser titular do Fluzão. Mas, como a maré anda boa, Alan estava lá de novo pra botar a casa em ordem. Grande garoto!
Duas viradas, e volta a mística do 'time de guerreiros'. Gosto disso. Pode dar liga de novo com a torcida.
Até a próxima.
Mas, não vejo hora de aparecer alguém - Cleber Santana? -, pra mandar o Diguinho pro banco; ou melhor, pra lista de dispensáveis. Ele quase põe o jogo a perder com uma falta boba, no finalzinho do jogo, na lateral da área: empate do Vitória. O Diguinho não tem os mínimos recursos técnicos pra ser titular do Fluzão. Mas, como a maré anda boa, Alan estava lá de novo pra botar a casa em ordem. Grande garoto!
Duas viradas, e volta a mística do 'time de guerreiros'. Gosto disso. Pode dar liga de novo com a torcida.
Até a próxima.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Fernando e Conca
Na foto, o grande amigo deste blog na Cidade Maravilhosa, o escritor e jornalista Fernando Paiva, ao lado do ídolo maior do nosso Fluzão hoje: Darío Conca.
Assim escreveu o feliz Fernando sobre a oportunidade da foto: "Encontrei o time do Flu concentrado no Hotel Intercontinental, em São Conrado, antes de irem para o Maracanã! Tirei uma foto ao lado do Conca e, pelo visto, dei sorte ao nosso craque argentino! Segue em anexo! Em tempo: concordo com a sua análise, Murilo. Carlinhos e Marquinho foram as gratas surpresas nesse clássico. Mas ainda acho que precisamos melhorar a defesa. o Leandro Euzébio é pavoroso! Precisamos trocá-lo pelo André Luis.
Abs!
Fernando"
Assim escreveu o feliz Fernando sobre a oportunidade da foto: "Encontrei o time do Flu concentrado no Hotel Intercontinental, em São Conrado, antes de irem para o Maracanã! Tirei uma foto ao lado do Conca e, pelo visto, dei sorte ao nosso craque argentino! Segue em anexo! Em tempo: concordo com a sua análise, Murilo. Carlinhos e Marquinho foram as gratas surpresas nesse clássico. Mas ainda acho que precisamos melhorar a defesa. o Leandro Euzébio é pavoroso! Precisamos trocá-lo pelo André Luis.
Abs!
Fernando"
Flu 2 x 1 Fla
Jogamos bem, como já tínhamos jogado bem contra o Corinthians. Só que agora vencemos, vitória contra um Flamengo esfacelado, o que de modo algum nos tira o mérito do triunfo. O importante é ver o time bem arrumado, em um 4-4-2 que já tem o dedo do Murici, e que acaba com o mito, como ensina sempre o mestre Tostão - melhor analista de futebol hoje -, de que lateral só pode ser ofensivo quando se joga com três zagueiros.
Qual foi, porém, a principal mudança feita no time pelo Murici?
Arrisco dizer que foi a entrada do Marquinho como titular na sua verdadeira posição; meia avançado, completando o meio do campo com o Conca. Era assim que ele jogava no Figueirense em 2008, quando o contratamos. E lá ele até fazia muitos gols. Ontem, ao lado do Carlinhos, que jogou uma bela partida, Marquinho completou os dois melhores em campo, seguidos de perto - e tremo de medo ao escrever isto - pelo Diguinho, a quem faço justiça. Pela partida de ontem, enfatizo: não fez faltas, correu como sempre, e distribuiu bem a bola, arriscando até um ou outro passe inteligente. Não falei no Conca? Mas, pra que? Ele é fora de esquadro, nosso craque: passe milimétrico para o Rodriguinho, outro que esteve também muito bem, e um golaço, recebendo passe perfeito do Marquinho, que estava na risca da área, jogando como centroavante, com direito a fazer pivô.
Uma falta boba no finalzinho levou ao gol de honra do Flamengo, feito por aquele goleiro boçal deles. Uma pena. 2 a 0 teria sido o resultado justo.
Qual foi, porém, a principal mudança feita no time pelo Murici?
Arrisco dizer que foi a entrada do Marquinho como titular na sua verdadeira posição; meia avançado, completando o meio do campo com o Conca. Era assim que ele jogava no Figueirense em 2008, quando o contratamos. E lá ele até fazia muitos gols. Ontem, ao lado do Carlinhos, que jogou uma bela partida, Marquinho completou os dois melhores em campo, seguidos de perto - e tremo de medo ao escrever isto - pelo Diguinho, a quem faço justiça. Pela partida de ontem, enfatizo: não fez faltas, correu como sempre, e distribuiu bem a bola, arriscando até um ou outro passe inteligente. Não falei no Conca? Mas, pra que? Ele é fora de esquadro, nosso craque: passe milimétrico para o Rodriguinho, outro que esteve também muito bem, e um golaço, recebendo passe perfeito do Marquinho, que estava na risca da área, jogando como centroavante, com direito a fazer pivô.
Uma falta boba no finalzinho levou ao gol de honra do Flamengo, feito por aquele goleiro boçal deles. Uma pena. 2 a 0 teria sido o resultado justo.
terça-feira, 25 de maio de 2010
E também do Teatini
Também gostei do Carlinhos, mas acho que não se pode deixar de lado o Julio Cesar, que foi o melhor lateral de 2009; ninguém desaprende tão rápido. Concordo com o Mariano, mas o Diguinho é incapaz de acertar um passe a 5 m. Eu experimentaria o Julio Cesar no meio de campo, posição em que ele também jogava, e bem, no Goiás.
Abs,
João Carlos Teatini
Abs,
João Carlos Teatini
domingo, 23 de maio de 2010
Breve comentário do Fernando
Tenho notado uma evolução no padrão tático do Flu e gostei do estreante Carlinhos. Acho que não faremos feio nesse campeonato.
Abraços.
Fernando Paiva
Abraços.
Fernando Paiva
Desabafo, no calor da hora
Uma falta boba no primeiro tempo; a certeza de que o Roberto Carlos iria bater a falta; desatenção para o fato de que o Chicão estava lá também. Gol único do Corinthians.
O resultado mais justo teria sido o empate. Mas, futebol é jogo; justiça não faz parte da sua lógica.
Disse um repórter da Globo que o Murici teria 'perdido de vez a paciência com o Diguinho'. Espero que sim. Qualquer um será melhor que ele.
Disse também o repórter que o Murici, a exemplo do seu (do Murici, e meu também) mestre Telê Santana, gosta de treinar fundamentos. Espero que sim; e espero que ele fundamente muito bem o Mariano. O lateral direito, pela ascensão técnica de um ano para o outro, já foi até personagem do mês deste blog. Mas, em matéria de fundamento: domínio de bola, drible e, principalmente, o último passe, que precisa ser o forte de qualquer lateral, ainda tem muito o que aprender. Ele é jovem. Quem sabe?
O resultado mais justo teria sido o empate. Mas, futebol é jogo; justiça não faz parte da sua lógica.
Disse um repórter da Globo que o Murici teria 'perdido de vez a paciência com o Diguinho'. Espero que sim. Qualquer um será melhor que ele.
Disse também o repórter que o Murici, a exemplo do seu (do Murici, e meu também) mestre Telê Santana, gosta de treinar fundamentos. Espero que sim; e espero que ele fundamente muito bem o Mariano. O lateral direito, pela ascensão técnica de um ano para o outro, já foi até personagem do mês deste blog. Mas, em matéria de fundamento: domínio de bola, drible e, principalmente, o último passe, que precisa ser o forte de qualquer lateral, ainda tem muito o que aprender. Ele é jovem. Quem sabe?
Sobre Cuca, Murici e os pesadelos da Socialite
Como escrevi tempos atrás, Alexis Stival, nosso querido Cuca, treinou um dia, mais ou menos no início da carreira de técnico, o Internacional de Lages, clube que ainda mora no meu coração, apesar de falecido faz algum tempo.
Eu teria, portanto, mais essa razão para prantear, semanas atrás, a demissão de Cuca do comando técnico do ainda?, grande tricolor das Laranjeiras. Não só se trata de técnico que já trabalhou na minha querida terra natal, como foi o técnico que nos comandou na memorável campanha contra o rebaixamento no final do Brasileirão de 2009.
Mas, comemorei a troca do Cuca pelo Murici Ramalho, sem alimentar qualquer sentimento de injustiça, ou de pena. E não foi porque perdemos as Taças Guanabara e Rio, e o campeonato carioca em 2010. Foi porque, como nunca me canso de dizer, faz tempo que não ganhamos nada, ou melhor, faz tempo que ganhamos pouco, muito pouco para a nossa história.
Precisávamos de um técnico ganhador, e isso o Murici é, embora eu vá detestar a sua marra nas entrevistas, a cara de pouco caso com @s jornalistas. Preço a ser pago pela esperança que ele traz, ainda que o chamem de retranqueiro e de rei da bola aérea, embora, neste caso, prefira chamá-lo de 'sensível para a importância das bolas alçadas para a área, em especial as paradas'. Eufemismo, afinal, vale muito, quando a gente quer neutralizar uma crítica que, no fundo, achamos justa.
Foi, todos sabemos, o currículo vencedor do Murici que levou a diretoria e nosso patrocinador a anteciparem a demissão do Cuca; tudo feito com precisão cirúrgica, na surdina, sem sirene de ambulância.
Estou botando toda a minha fé nele; de verdade.
Mas, nem por isso vou omitir neste post o suspiro que a velha amiga Socialite dos Pés Descalços deu quando trocamos telefonema sobre o assunto:
- Ah! Estou contigo nessa esperança toda, M.C.; estou contigo. Mas, tenho pesadelos quando penso na possibilidade de, ao final de 2011, depois de dois Brasileirões, de uma Copa do Brasil, uma Libertadores e, o que é pior, uma Taça Guanabara, uma Taça Rio e um Campeonato Carioca, o Murici ser mandado embora da Álvaro Chaves, porque desaprendeu a ganhar títulos. Nesses pesadelos estou sempre chegando ao portão das Laranjeiras, de olhos esbugalhados, porque, encimando o portão da nossa sede sagrada está um escudo ... da Portuguesa de Desportos, abaixo do qual se lê: Filial Carioca.
Eu teria, portanto, mais essa razão para prantear, semanas atrás, a demissão de Cuca do comando técnico do ainda?, grande tricolor das Laranjeiras. Não só se trata de técnico que já trabalhou na minha querida terra natal, como foi o técnico que nos comandou na memorável campanha contra o rebaixamento no final do Brasileirão de 2009.
Mas, comemorei a troca do Cuca pelo Murici Ramalho, sem alimentar qualquer sentimento de injustiça, ou de pena. E não foi porque perdemos as Taças Guanabara e Rio, e o campeonato carioca em 2010. Foi porque, como nunca me canso de dizer, faz tempo que não ganhamos nada, ou melhor, faz tempo que ganhamos pouco, muito pouco para a nossa história.
Precisávamos de um técnico ganhador, e isso o Murici é, embora eu vá detestar a sua marra nas entrevistas, a cara de pouco caso com @s jornalistas. Preço a ser pago pela esperança que ele traz, ainda que o chamem de retranqueiro e de rei da bola aérea, embora, neste caso, prefira chamá-lo de 'sensível para a importância das bolas alçadas para a área, em especial as paradas'. Eufemismo, afinal, vale muito, quando a gente quer neutralizar uma crítica que, no fundo, achamos justa.
Foi, todos sabemos, o currículo vencedor do Murici que levou a diretoria e nosso patrocinador a anteciparem a demissão do Cuca; tudo feito com precisão cirúrgica, na surdina, sem sirene de ambulância.
Estou botando toda a minha fé nele; de verdade.
Mas, nem por isso vou omitir neste post o suspiro que a velha amiga Socialite dos Pés Descalços deu quando trocamos telefonema sobre o assunto:
- Ah! Estou contigo nessa esperança toda, M.C.; estou contigo. Mas, tenho pesadelos quando penso na possibilidade de, ao final de 2011, depois de dois Brasileirões, de uma Copa do Brasil, uma Libertadores e, o que é pior, uma Taça Guanabara, uma Taça Rio e um Campeonato Carioca, o Murici ser mandado embora da Álvaro Chaves, porque desaprendeu a ganhar títulos. Nesses pesadelos estou sempre chegando ao portão das Laranjeiras, de olhos esbugalhados, porque, encimando o portão da nossa sede sagrada está um escudo ... da Portuguesa de Desportos, abaixo do qual se lê: Filial Carioca.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Sobre o Cuca escreverei depois
Mal acabara o jogo com o Botafogo e telefonou-me a Socialite dos Pés Descalços. Tirando um tempo do seu incansável trabalho social junto às vítimas das tragédias climáticas que assolaram o Rio na última semana, minha velha amiga assistira no Maracanã a mais um fracasso do Fluzão em vencer clássicos e, pior, em disputar e ganhar títulos. Só não estava mais inconsolável porque ainda tinha muito claras nos olhos as imagens das recentes tragédias cariocas. E não iria comparar, como não o fez, a nossa derrota do sábado com o sofrimento de quem acabara de perder parentes queridos.
Mas, um pouco inconsolável ela estava, como eu estava, como, acho, todos nós tricolores estávamos em mais um fim de tarde, começo de noite, sem a vitória que nos colocaria de novo à beira do título da Taça Rio e, quem sabe, do Campeonato Carioca de 2010.
"Como você recorda", disse-me a Socialite, "mamãe não gostava de futebol (mamãe, para quem não se lembra, a mãe da tricolor Socialite dos Pés Descalços, era a Grã-fina de Nariz de Cadáver, imortal personagem de Nélson Rodrigues). Não gostava, sequer sabia 'quem' era a bola, mas se divertia, por exemplo, com as histórias do nosso suposto 'timinho' dos anos 1960; aquele, treinado pelo Zezé Moreira, que só ganhava de 1 a 0, mas ganhava. Timinho de campeões".
"Mas, o que temos hoje? Um clube cujos times não ganham campeonatos com consistência desde os 1970 da Máquina Tricolor!"
Como contestar a Socialite? Como não compartilhar a sua angústia, às vésperas de ver o Flamengo, logo depois de derrubar a nossa hegemonia de títulos (há tanto tempo) ganhos, tornar-se o primeiro tetra-campeão do futebol carioca? Basta que vença duas vezes o sofrível Botafogo, sem dúvida o mais frágil dos chamados 'grandes' do Rio de Janeiro de hoje.
De novo, e compartilhei essa angústia com a Socialite durante nossa angustiada conversa pós-jogo, sábado passado, vejo-me diante do espectro de um Fluzão transformado em uma Portuguesa de Desportos ou, pior, em um Ameriquinha - aquele clube tantas vezes campeão, mas em tempos tão passados que não chega à memória das novas gerações.
E, por falar em Portuguesa, será ela nosso próximo advesário na Copa do Brasil.
Com os ânimos combalidos de sábado, trememos, eu e a Socialite, só de pensar em perder para o honorável, mas modestíssimo, ex-grande paulista.
Mas, um pouco inconsolável ela estava, como eu estava, como, acho, todos nós tricolores estávamos em mais um fim de tarde, começo de noite, sem a vitória que nos colocaria de novo à beira do título da Taça Rio e, quem sabe, do Campeonato Carioca de 2010.
"Como você recorda", disse-me a Socialite, "mamãe não gostava de futebol (mamãe, para quem não se lembra, a mãe da tricolor Socialite dos Pés Descalços, era a Grã-fina de Nariz de Cadáver, imortal personagem de Nélson Rodrigues). Não gostava, sequer sabia 'quem' era a bola, mas se divertia, por exemplo, com as histórias do nosso suposto 'timinho' dos anos 1960; aquele, treinado pelo Zezé Moreira, que só ganhava de 1 a 0, mas ganhava. Timinho de campeões".
"Mas, o que temos hoje? Um clube cujos times não ganham campeonatos com consistência desde os 1970 da Máquina Tricolor!"
Como contestar a Socialite? Como não compartilhar a sua angústia, às vésperas de ver o Flamengo, logo depois de derrubar a nossa hegemonia de títulos (há tanto tempo) ganhos, tornar-se o primeiro tetra-campeão do futebol carioca? Basta que vença duas vezes o sofrível Botafogo, sem dúvida o mais frágil dos chamados 'grandes' do Rio de Janeiro de hoje.
De novo, e compartilhei essa angústia com a Socialite durante nossa angustiada conversa pós-jogo, sábado passado, vejo-me diante do espectro de um Fluzão transformado em uma Portuguesa de Desportos ou, pior, em um Ameriquinha - aquele clube tantas vezes campeão, mas em tempos tão passados que não chega à memória das novas gerações.
E, por falar em Portuguesa, será ela nosso próximo advesário na Copa do Brasil.
Com os ânimos combalidos de sábado, trememos, eu e a Socialite, só de pensar em perder para o honorável, mas modestíssimo, ex-grande paulista.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Meu anti-personagem do mês
Ele não tem a elegância do Jair Santana, a classe, raça e o passe do Denílson; não tem a disciplina tática do Jandir, a força do Carbone, e muito menos a picardia de Carlos Alberto Pintinho. Ele é destrambelhado, atrapalhado, quase sempre violento, um brucutu que conduz a bola demais porque não sabe passá-la com rapidez e precisão. Ele é o rei dos cartões amarelos, das faltas próximas da grande área; ele é Diguinho, que elejo, sem culpa, o meu anti-personagem do mês de março. Forte anti-candidato a anti-personagem de 2010, se o Cuca, que, aliás, o considera um virtuose, não tiver um inesperado ataque de lucidez.
Meu personagem do mês
Ele não tem a elegância de Píndaro, ou a força de Jair Marinho; não tem a velocidade do Toninho, e, é claro, não tem nada do que tinha o maior de todos; Carlos Alberto Torres. Mas, o Mariano já está a merecer um reconhecimento deste blog, que tanto o malhou no ano passado, e que não chegou a reconhecer nem suas boas atuações na memorável campanha da reta final do Brasileirão de 2009. Se hoje o Gabriel, lateral direito de mais recente memória, voltasse de onde quer que esteja (Turquia?)e se apresentasse para jogar de graça, eu diria: Thank you, Gêibriel, mas estamos muito satisfeitos com o Mariano. Ele não marca lá muito bem, mas você também não marcava; ele é mais veloz que você, e corta melhor para o meio. Vá lá que o passe não é essas coisas (ainda?), e que ele muitas vezes se afoba nos contra-ataques, adiantando demais a bola e facilitando o desarme. O chute de longe é descalibrado, porém já marcou duas, três? vezes, de perto, no Carioca. E, acima de tudo, Mariano estampa no rosto, não a máscara de um Leonardo Moura, mas um pungente olhar de franciscana humildade. Olhar de menino simples, de passarinho assustado, como se não acreditasse no sucesso que passou a lhe ser mais generoso.
Mariano é, com justiça, acredito, o meu personagem do mês de março.
Mariano é, com justiça, acredito, o meu personagem do mês de março.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Eu já não tinha dito?
Deu no Blog do Maria (Antonio Maria Filho):
Xerém, a fábrica do Flu não pára
Maicon foi mesmo para não voltar. Alguma surpresa? Acho que não. O próximo será Wellington Silva, que no início de 2011 se apresentará ao Arsenal. O Fluminense forja o craque em Xerém e depois o vende para o exterior ou mesmo para clubes brasileiros. É uma política antiga e para o sustento do próprio clube.
A lista de jovens promessas negociadas é imensa. Apenas alguns nomes: Carlos Alberto, Marcelo, Rodolfo, Roger, Flavio, Maurício, Diego Souza, Fernando,Toró, Lenny, Marco Brito, Antonio Carlos e Junior César, entre outros.
Há ainda o caso dos gêmeos Fábio e Rafael, que acertaram com o Manchester United, ainda “moleques”.
Xerém, a fábrica do Flu não pára
Maicon foi mesmo para não voltar. Alguma surpresa? Acho que não. O próximo será Wellington Silva, que no início de 2011 se apresentará ao Arsenal. O Fluminense forja o craque em Xerém e depois o vende para o exterior ou mesmo para clubes brasileiros. É uma política antiga e para o sustento do próprio clube.
A lista de jovens promessas negociadas é imensa. Apenas alguns nomes: Carlos Alberto, Marcelo, Rodolfo, Roger, Flavio, Maurício, Diego Souza, Fernando,Toró, Lenny, Marco Brito, Antonio Carlos e Junior César, entre outros.
Há ainda o caso dos gêmeos Fábio e Rafael, que acertaram com o Manchester United, ainda “moleques”.
domingo, 7 de março de 2010
E não deixem de ...
... ver também o gol da vitória, do Mariano, depois de uma lindíssima jogada do garoto Wellington Silva. Que esse garoto brilhe para nós enquanto estiver com a gente.
Quem não viu ...
... não sabe o que perdeu.
Não deixem de ver o golaço do Fred; de voleio: 1 a 1.
Por enquanto.
Não deixem de ver o golaço do Fred; de voleio: 1 a 1.
Por enquanto.
Reincidente
Naquele trágico início de Brasileirão do ano passado, houve um jogo, creio que contra o Náutico, em Recife, e, já no final, vencíamos por 1 a 0, uma vitória que faria um enorme bem naquele momento. Mas, o jovem Maicon, em um lance na defesa, acha que pode sair jogando, perde a bola e faz um pênalti infantil. Empate que não nos ajudou nada naquele momento.
Há pouco, no jogo, ainda em andamento, contra o Botafogo, com o time mandando bem - Fred perdeu um gol incrível bem no comecinho -, o agora já não mais tão jovem Maicon, 'ajudando' na defesa, tenta sair jogando, perde a bola e faz o pênalti. Botafogo 1 a 0.
Sinceramente, já era para ter aprendido.
Há pouco, no jogo, ainda em andamento, contra o Botafogo, com o time mandando bem - Fred perdeu um gol incrível bem no comecinho -, o agora já não mais tão jovem Maicon, 'ajudando' na defesa, tenta sair jogando, perde a bola e faz o pênalti. Botafogo 1 a 0.
Sinceramente, já era para ter aprendido.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Sobre Wellington Silva, Xerem e Eldorados
Voltei pra valer, amig@s.
A mão, esquerda, fraturada em dezembro, mais um dedo luxado, já estão melhores depois de, até agora, 20 sessões de fisioterapia. Digitar está deixando de ser um penoso e, por vezes, doloroso exercício de paciência.
Então, vamos lá ...
Chorei domingo com o garoto Wellington Silva, que, por sua vez, chorou antes, durante (quando fez seu gol) e depois do jogo. Chorei com o choro dele e chorei com meu choro interior, de revolta contra essa loucura que é a partida precoce de nossos tantos futuros excelentes jogadores, quando não verdadeiros craques.
Rafael, lateral direito, titular do Chelsea; Rodolfo, zagueiro, titular acho que do Spartak de Moscou; Thiago Silva, craque, zagueiro titular do Milan; Antonio Carlos, ex-não sei o que da Europa, zagueiro, titular do Botafogo; Marcelo, lateral esquerdo, titular do Real Madrid; João Paulo, lateral esquerdo, titular do Figueirense; Fábio, gêmeo do Rafael, lateral esquerdo, reserva do Chelsea; Carlos Alberto, meia, ex-Porto e mais não sei o que, titular do Vasco; Diego Souza, meia/volante, titular do Palmeiras; Arouca, volante, titular do Santos; Fernando, volante, reserva do Flamengo; Roger, meia, titular do Cruzeiro; Toró, volante, titular do Flamengo; Lenny, atacante, reserva do Palmeiras; Tartá, atacante, titular do Bahia; Alex, atacante, em algum lugar de Goiás. E mais o Maicon, o Alan, o Dalton, o Digão, o Dieguinho, o Bruno Veiga, o Ferreira, o Neves, o Dori.
Não sei que outro clube brasileiro conseguiria elencar tanto jogador bom revelado em suas bases e que estão hoje em atividade. Imagino que não sejamos só nós; é verdade. Mas, que dá uma tristeza grande, dá. A de ver o nosso Eldorado transformado no Eldorado da Europa e outras paragens, e pastagens que alimentam principalmente espertos empresários; e que me seja perdoada a redundância.
Até hoje à noite; que venha o Tigres!
A mão, esquerda, fraturada em dezembro, mais um dedo luxado, já estão melhores depois de, até agora, 20 sessões de fisioterapia. Digitar está deixando de ser um penoso e, por vezes, doloroso exercício de paciência.
Então, vamos lá ...
Chorei domingo com o garoto Wellington Silva, que, por sua vez, chorou antes, durante (quando fez seu gol) e depois do jogo. Chorei com o choro dele e chorei com meu choro interior, de revolta contra essa loucura que é a partida precoce de nossos tantos futuros excelentes jogadores, quando não verdadeiros craques.
Rafael, lateral direito, titular do Chelsea; Rodolfo, zagueiro, titular acho que do Spartak de Moscou; Thiago Silva, craque, zagueiro titular do Milan; Antonio Carlos, ex-não sei o que da Europa, zagueiro, titular do Botafogo; Marcelo, lateral esquerdo, titular do Real Madrid; João Paulo, lateral esquerdo, titular do Figueirense; Fábio, gêmeo do Rafael, lateral esquerdo, reserva do Chelsea; Carlos Alberto, meia, ex-Porto e mais não sei o que, titular do Vasco; Diego Souza, meia/volante, titular do Palmeiras; Arouca, volante, titular do Santos; Fernando, volante, reserva do Flamengo; Roger, meia, titular do Cruzeiro; Toró, volante, titular do Flamengo; Lenny, atacante, reserva do Palmeiras; Tartá, atacante, titular do Bahia; Alex, atacante, em algum lugar de Goiás. E mais o Maicon, o Alan, o Dalton, o Digão, o Dieguinho, o Bruno Veiga, o Ferreira, o Neves, o Dori.
Não sei que outro clube brasileiro conseguiria elencar tanto jogador bom revelado em suas bases e que estão hoje em atividade. Imagino que não sejamos só nós; é verdade. Mas, que dá uma tristeza grande, dá. A de ver o nosso Eldorado transformado no Eldorado da Europa e outras paragens, e pastagens que alimentam principalmente espertos empresários; e que me seja perdoada a redundância.
Até hoje à noite; que venha o Tigres!
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Breve desabafo, no calor da hora
Eu tenho muito orgulho, mas muito mesmo, de torcer para o clube tantas vezes campeão. Mas, orgulho maior sentiria se pudesse ser torcedor do clube tantas, e recentes, vezes campeão.
De volta!
Uma fratura no terceiro metacarpo da mão esquerda, com luxação simultânea do dedo médio correspondente, e lá fui eu, no dia 13 de dezembro, um domingo, para o departamento médico. Gesso, fisioterapia, com uma conferência nacional de comunicação no meio disso tudo, mais as merecidas férias, e só agora, exatos dois meses depois, achei o tempo e, sobretudo, a vontade de retomar este espaço esportivo.
É intervalo do jogo com o Vasco, semifinal da Taça Guanabara.
Por ora, uma só observação: continuo a ter enormes dificuldades com o pequeno brucutu, Diguinho, nosso campeão de faltas desnecessárias e, acho, de cartões amarelos, quase todos muito bem aplicados por suas senhorias.
Até já, amig@s...
É intervalo do jogo com o Vasco, semifinal da Taça Guanabara.
Por ora, uma só observação: continuo a ter enormes dificuldades com o pequeno brucutu, Diguinho, nosso campeão de faltas desnecessárias e, acho, de cartões amarelos, quase todos muito bem aplicados por suas senhorias.
Até já, amig@s...
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