domingo, 23 de maio de 2010

Sobre Cuca, Murici e os pesadelos da Socialite

Como escrevi tempos atrás, Alexis Stival, nosso querido Cuca, treinou um dia, mais ou menos no início da carreira de técnico, o Internacional de Lages, clube que ainda mora no meu coração, apesar de falecido faz algum tempo.

Eu teria, portanto, mais essa razão para prantear, semanas atrás, a demissão de Cuca do comando técnico do ainda?, grande tricolor das Laranjeiras. Não só se trata de técnico que já trabalhou na minha querida terra natal, como foi o técnico que nos comandou na memorável campanha contra o rebaixamento no final do Brasileirão de 2009.

Mas, comemorei a troca do Cuca pelo Murici Ramalho, sem alimentar qualquer sentimento de injustiça, ou de pena. E não foi porque perdemos as Taças Guanabara e Rio, e o campeonato carioca em 2010. Foi porque, como nunca me canso de dizer, faz tempo que não ganhamos nada, ou melhor, faz tempo que ganhamos pouco, muito pouco para a nossa história.

Precisávamos de um técnico ganhador, e isso o Murici é, embora eu vá detestar a sua marra nas entrevistas, a cara de pouco caso com @s jornalistas. Preço a ser pago pela esperança que ele traz, ainda que o chamem de retranqueiro e de rei da bola aérea, embora, neste caso, prefira chamá-lo de 'sensível para a importância das bolas alçadas para a área, em especial as paradas'. Eufemismo, afinal, vale muito, quando a gente quer neutralizar uma crítica que, no fundo, achamos justa.

Foi, todos sabemos, o currículo vencedor do Murici que levou a diretoria e nosso patrocinador a anteciparem a demissão do Cuca; tudo feito com precisão cirúrgica, na surdina, sem sirene de ambulância.

Estou botando toda a minha fé nele; de verdade.

Mas, nem por isso vou omitir neste post o suspiro que a velha amiga Socialite dos Pés Descalços deu quando trocamos telefonema sobre o assunto:

- Ah! Estou contigo nessa esperança toda, M.C.; estou contigo. Mas, tenho pesadelos quando penso na possibilidade de, ao final de 2011, depois de dois Brasileirões, de uma Copa do Brasil, uma Libertadores e, o que é pior, uma Taça Guanabara, uma Taça Rio e um Campeonato Carioca, o Murici ser mandado embora da Álvaro Chaves, porque desaprendeu a ganhar títulos. Nesses pesadelos estou sempre chegando ao portão das Laranjeiras, de olhos esbugalhados, porque, encimando o portão da nossa sede sagrada está um escudo ... da Portuguesa de Desportos, abaixo do qual se lê: Filial Carioca.

Nenhum comentário: