Ele não tem a elegância de Píndaro, ou a força de Jair Marinho; não tem a velocidade do Toninho, e, é claro, não tem nada do que tinha o maior de todos; Carlos Alberto Torres. Mas, o Mariano já está a merecer um reconhecimento deste blog, que tanto o malhou no ano passado, e que não chegou a reconhecer nem suas boas atuações na memorável campanha da reta final do Brasileirão de 2009. Se hoje o Gabriel, lateral direito de mais recente memória, voltasse de onde quer que esteja (Turquia?)e se apresentasse para jogar de graça, eu diria: Thank you, Gêibriel, mas estamos muito satisfeitos com o Mariano. Ele não marca lá muito bem, mas você também não marcava; ele é mais veloz que você, e corta melhor para o meio. Vá lá que o passe não é essas coisas (ainda?), e que ele muitas vezes se afoba nos contra-ataques, adiantando demais a bola e facilitando o desarme. O chute de longe é descalibrado, porém já marcou duas, três? vezes, de perto, no Carioca. E, acima de tudo, Mariano estampa no rosto, não a máscara de um Leonardo Moura, mas um pungente olhar de franciscana humildade. Olhar de menino simples, de passarinho assustado, como se não acreditasse no sucesso que passou a lhe ser mais generoso.
Mariano é, com justiça, acredito, o meu personagem do mês de março.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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