sexta-feira, 24 de julho de 2009

Saudades do Didi

Nélson Rodrigues escreveu que ele desfilava pelo campo tal como um Príncipe Etíope, que levava sobre os ombros diáfano manto, a destacar sua realeza de craque dos lançamentos perfeitos, dos chutes mortais, que lembravam o vôo de uma folha seca ao entrar, a bola, no ângulo, fosse o direito ou esquerdo, do paralisado arqueiro adversário.
Nélson falava assim do Didi, o eterno Valdir Pereira, um dos maiores craques que já vestiu a camisa tricolor das Laranjeiras.
Senti imensa saudade do Didi ontem à noite enquanto tentava acompanhar as desenfreadas carreiras do Tartá pelo campo, como se fosse um velocista queniano, mas sem a elegância e a objetividade atlética daqueles brilhantes corredores.
Parte da nossa torcida parece amar o Tartá, talvez porque ele corra tanto, mesmo que corra sem direção, de um lado para o outro do campo, nem bem meia, por vezes volante, metendo-se defesa à dentro, a fazer faltas temerárias, como uma que cometeu ontem, no segundo tempo, no bico da nossa área (e o que ele estava fazendo lá, se é meia atacante?).
Haja paciência, amig@s.
Haja paciência!!!

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