sábado, 18 de fevereiro de 2017

Xerém, o hoje e o amanhã

Marcos Felipe, Renato, Frazan, Reginaldo e Marquinhos Calazans; Pierre, Wendel e Marquinho; Marcos Jr., Richarlison e Lucas Fernandes.

Não jogaram: Nogueira, Léo, Douglas, Wellington e Gustavo Scarpa.

Pelo menos por ora, este será um tema recorrente neste blog: por necessidade, o Fluminense, com o sábio comando técnico e tático de Abel Braga, com Alexandre Torres, filho do grande Carlos Alberto, na gerência do futebol tricolor, jogou todas as fichas na juventude da base de Xerém, base da qual vieram, em tempos idos, antes de Xerém, Abel, Alexandre e o imortal capitão do  tri.

Cinco jogos no estadual, cinco vitórias, 14 gols a favor, média de 2,8 por jogo, nenhum gol sofrido.

Os 4 a 0 no Volta Redonda, que semana passada encaçapara o Vasco e até hoje tinha chances de disputar a semifinal da Taça Guanabara, foi a terceira seguida, incluídos aí os 5 a 2 sobre o Globo FC potiguar quarta passada, em que o Flu matou o jogo, fazendo 3 a 0 antes dos 30 minutos do primeiro tempo. Só que hoje nenhum titular jogou; a responsabilidade ficou fundamentalmente com os garotos de Xerém, dos quais Marcos Felipe, Frazan, Marquinhos Calazans e Wendel jamais tinham começado uma partida na equipe principal.

Destaques: Richarlison, com dois gols, Wendel e Marquinhos Calazans, sendo que este, meia de origem, está sendo improvisado na lateral esquerda, e jogou muito hoje.

O que fica disso tudo?

Fica o que disse Abel em mais uma das suas sinceras entrevistas, na sexta-feira: na próxima janela européia, no meio do ano, vai ser difícil segurar o Scarpa, ou o Douglas, ou o Richarlison, ou, quem sabe, todos os três. Como ano passado deixamos ir o Marlon, para o Barcelona, o Kenedy, para o Chelsea, e o Gerson, para o Roma, sendo que nenhum dos três está hoje na equipe principal, todos exilados para os times B; o Kenedy já até andou jogando por uma equipe menor do campeonato inglês.

Ou seja, os tricolores que curtam, este blogueiro entres eles, um início de temporada tão auspicioso, mas sabendo que, logo adiante, mesmo que o time continue jogando bem, a festa tende a acabar, porque os talentos que ficaram não serão suficientes para compensar a falta dos que se foram.

PS: em sua entrevista, Abel, que conhece o Internacional como poucos, clube onde conquistou suas maiores glórias como treinador, lembrou Nilmar, Pato - que ele lançou, menino na equipe principal -, Walter, Fred, Tyson, entre outros, para evidenciar o quanto os clubes brasileiros tem que se sacrificar para equilibrar os seus sempre desequilibrados orçamentos. Em outras palavras, você pode revelar grandes talentos hoje, mas nada diz que, sem eles, você não estará na série B, ou C, amanhã.


2 comentários:

João Carlos Teatini disse...

Triste sina do nosso FLU, que, além de tudo, vende mal!

Murilo César Ramos disse...

Scarpa acertou a renovação hoje, até 2020.
Esperamos que, se tiver que vender, e terá, que venda muito bem, porque você tem razão: os últimos que se foram, foram por trocados, dado o potencial que já tinham demonstrado.