terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Post Scriptum 2

O garoto Léo chorou domingo, e agora choro eu, depois de ler a entrevista abaixo, em que ele, sem lamentar, mas eu compreendo, não esconde a triste realidade econômica do futebol brasileiro, e não só do Fluminense:

Em participação no programa "Camarote", do canal Premiere, o presidente Pedro Abad não fez rodeios ao ser perguntado por negociações na próxima janela. O mandatário admitiu que o Fluminense vai precisar vender algum jogador para manter o equilíbrio financeiro do clube.
- Certamente vai ter algum jogador que precisaremos vender. Gosto de ser muito sincero com o torcedor. Vivemos uma época onde as informações são tão desencontradas que a gente tem de ser muito direto com o torcedor, não adianta querer enganá-lo. Hoje o futebol se faz com dinheiro. Se não tem dinheiro, não faz futebol - declarou o mandatário.
Para Abad, o ciclo é natural no futebol brasileiro, que exporta sua "matéria-prima" para a Europa. Ainda de acordo com o cartola, a venda se faz necessária para organizar minimamente os cofres do clube.
- Os clubes, para manter suas contas minimamente organizadas, formam seus jogadores, vendem e repõem. É um ciclo que não para: você capta, forma, tem retorno técnico, financeiro e repõe. O futebol brasileiro, por si só, é um centro formador e não consumidor como a Europa. É natural que os times vendam - explicou. 
A grande dificuldade, para o presidente do Fluminense, é saber a hora de vender o jogador. Segundo Pedro Abad, "vender bem" nem sempre é lucrar mais rápido.
- O segredo é vender bem. O jogador às vezes não dá retorno técnico ao time. Ainda na base vai para o futebol europeu. Temos sempre que avaliar o momento de o jogador seguir o caminho dele. Em que momento ele foi bom o suficiente para ser vendido.


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