quinta-feira, 18 de junho de 2015

Em tempo

O boletim de sócio-torcedor (que sou, sem nunca ter sido; me associei, mas jamais me cobraram uma mensalidade) recebido hoje informa que as obras do CT da Barra já começaram.

Desabafo!

Qual é a notícia mais importante sobre o Fluminense que está a repercutir nos noticiários esportivos mais variados há cerca de duas semanas?
Novas contratações, reforços para o time meia-boca que está nas mãos ainda pouco experientes do Enderson Moreira?
O início, finalmente, da construção do nosso moderno Centro de Treinamento, na Barra? Ou seria em Jacarepaguá?
Peter Siemsen e Celso Barros fizeram as pazes, e a Unimed vai voltar a nos patrocinar?
O Guaraviton vai equiparar o patrocínio que nos dá ao que dá ao Flamengo?
Não é nada disso, naturalmente.
Estamos nas notícias porque o Barcelona nos deu, primeiro, uma grana para garantir prioridade na contratação do Gerson; e agora promete mais para ter prioridade também na contratação do Kenedy e do Marlon.
E ainda nos surpreendemos com os 7 a 1 da Copa, ou o vexame de ontem contra a Colômbia, na Copa América.
Aliás, o Dunga justificou o vexame dizendo que a cabeça do Neymar estava ruim por causa dos 'problemas' que está enfrentando na justiça espanhola.
E é aqui que as coisas se ligam: Havelante, Teixeira, Blatter, Marin, Del Nero, Hawilla, etc., mais o pai do Neymar, mais o Rosselli, ex-presidente do Barcelona, mais, muito possivelmente, o pai do Gerson, e o do Kenedy e o do Marlon (pobres meninos pobres), mais o Catar, o Dubai, o Berlusconi, chega!!!
A Lava Jato do Sérgio Moro e do Yousseff é fichinha perto dos lava jatos do futebol globalizado, que consegue fazer do Porto português uma potência futebolística num país quase tão empobrecido quanto a Grécia de hoje.
A penúria econômica e financeira do nosso futebol hoje, que se reflete na penúria técnica dos times que disputam os Brasileirões, é resultado, fundamentalmente, desse grande lavanderia globalizada, criada pelas máfias organizadas ao redor da Fifa, que devoram com seus fundos poderosos o terceiro mundo futebolístico, e criam monstros como o Chelsea, o City, o Paris St Germain, agora o Mônaco, sem falar na máfia dos resultados que quase acabou com o futebol italiano, mais o saco sem fundo que são os cofres do Barcelona e Real Madrid. Poupo por ora os alemães, até porque dinheiro é o que não falta naquele economia líder da União Europeia.
Quantos de nós tricolores sabemos que esse menino, o Fabinho, que o Dunga convocou, que está no Mônaco, foi criado e Xerém, e levado ainda imberbe para a Europa pelo Deco, agora empresário do futebol, junto com outro potentado do mercado de jovens talentos futebolísticos, sem jamais ter pisado como profissional em Álvaro Chaves?
Durma-se com um barulho desses.
Palmeiras, Ponte Preta?
Quem se importa?
O futebol brasileiro, e o argentino, e o uruguaio, e o colombiano, estão no sal e tão cedo não sairão dele.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

No post de hoje, a contribuição de um amigo de fé e lutas: João Carlos Teatini

Murilo,
Contra o Coritiba fomos bem, mas ontem melhoramos só na metade do 2o. tempo.
Estamos com um problema, com Vinicius (boa promessa), Gerson  (craque) e Wagner (burocrata). Para mim, jogando Vinicius, deve sair o Wagner, pois o Gerson tem que avançar e perde sua melhor característica, que é vir de trás com velocidade e habilidade. Acho ainda que com Edson e Jean, bastam Vinicius e Gerson, colocando mais um atacante para ajudar o Fred.
Quanto ao resto, o Wellington Silva é bem melhor que o Renato.
Acho, enfim, que estamos acima da média e talvez dê para ficar entre os oito primeiros.
Abração,
Teatini

Obrigado, Teatini.
Pela boa análise, e por valorizar meu modesto (mas não tão modesto quanto o modesto Ricardo Drubscky) blog.
Também acho que o Wagner pode sair, mas sairá, acredito, quando o Kenedy voltar, e tivermos um outro atacante pra botar ao lado do Fred (que ontem ficou dodói de novo; e o passado dele costuma nos condenar a longos períodos de ausência).
Um detalhe: o jovem Marco Júnior entrou bem nos dois últimos jogos. Ontem quase repete a façanha de um gol de cabeça. E foi lá em cima, o baixinho. E ainda levou, no rebote, um chute na cabeça, e se não leva a bola poderia muito bem entrar. E foi pênalti. E agora chega de tanto 'e' no meu comentário. Ficou mais sem estilo do que o Edson, cuja falta de estilo, justiça seja feita, não impede que seja uma das coisas boas do time nos últimos tempos.


sexta-feira, 5 de junho de 2015

Firmes no 'G8'

Quando o campeonato começou, ainda no tempo do Drubscky e seus 3 volantes, vaticinei aqui que iríamos disputar o décimo lugar, mas com viés de baixa, eventualmente. Ou seja, poderíamos até rondar a zona de rebaixamento.
Agora, com o Enderson, seus dois volantes e três meias, arrisco mudar o prognóstico inicial, enxergando ainda o décimo lugar como meta 'estratégica', mas com viés de alta: somos candidatos ao G8, o que, eu sei, não quer dizer nada, mas pelo menos nos livra de namorar o rebaixamento.
O que teria mudado de lá pra cá, além da mudança de técnico?
Quando o ano começou, foi aquele desastre da saída da Unimed. Era crônica de uma morte anunciada, reconheça-se. E necessária. Morrer pra nascer de novo, sem o peso que se tornara excessivo do poder paralelo do Celso Barros. Justiça seja feita, a diretoria agiu rápido, arrumando o patrocínio, 'universal' no futebol carioca (patrocinam até uniforme de bandeirinha) da Guaraviton, e se virando pra manter a espinha dorsal do time: Cavalieri, Gum, Edson, Jean, Wagner e Fred, este principalmente. E começam a chegar 'reforços'.
Foram: João Felipe e Vitor Oliveira, para a zaga.
Um atacante, diziam, de velocidade: Lucas Gomes.
Dois laterais esquerdos: Guilherme dos Santos (acho que o nome era esse) e Giovani.
E um meia (tínhamos perdido o Conca!!!!): Vinícius.
Vamos e  venhamos: que listinha chinfrim.
E, depois, para a felicidade do finado Drubscky, o Pierre.
Mais, felizmente, nossos já conhecidos Antônio Carlos, e o magnata Magno Alves.
Lembrei disso tudo pra lembrar que ninguém mais sabe que fim levaram o João Felipe e o Vitor Oliveira. O Guilherme dos Santos foi negociado não sei com quem. O Lucas Gomes esquenta banco, onde não pode, é claro, mostrar sua decantada velocidade.
Daquele lista inicial, a chinfrim, sobraram dois: o Giovani, um lateral meio lento, mas técnico, me sinto confortável com ele, e o Vinícius.
Tudo bem que não se trata de nenhum Conca, mas esse garoto dá ares de que vai nos proporcionar alegrias.
O Enderson parece ter achado o lugar do Vinícius: meia centralizado, organizando o ataque, com chegada na área, e ele ainda bate bem de longe.
Até agora, junto com o Fred, ele tem sido nosso caminho de subida até o 'G8'.
Que venha agora o Sport e a chance de encostar mais, ou até chegar no G4.






segunda-feira, 1 de junho de 2015

E o Gérson, hein?

Acordei cedíssimo hoje; o celular tocando.
Era minha grande amiga, a Socialite de Pés Descalços que, explico para os novos leitores desse blog, vem a ser filha de uma das grandes personagens de Nelson Rodrigues, a Grã-fina do Nariz de Cadáver, aquela que, na sua primeira vez no Maracanã, justo num Fla-Flu, perguntou: Quem é a bola?
Socialite, ao contrário da mãe, ou por causa dela, conhece muito, ama o futebol, e torce tanto pelo Fluzão que, nos intervalos dos seus intensos trabalhos sociais, por exemplo, na favela do Pereirão em Laranjeiras, não perde nem treino do Flu em Álvaro Chaves.
Mas, sim, meu celular tocou cedíssimo.
Estou em Nova Iorque, uma hora a menos do Rio de Janeiro.
Esquecida desse detalhe, e das maravilhas da internet, Socialite gritava ao telefone:
- Um show, M.C.; um show. Pena que você não viu; acabamos com eles ontem; e se o juiz não expulsa injustamente o Giovani - e ela acrescenta, sibilina: um gato, ele, você não acha? -, tinha sido uns 5 a 0.
Acalmei minha grande amiga, explicando que, se não tinha visto o grande jogo no Maraca, ontem, pelo menos escutei tudinho pelo rádio, sofrendo pra caramba durante aquele resto de segundo tempo, depois que o nosso lateral-esquerdo foi posto pra rua de modo tão injusto por aquele Meira Ricci. Mais ainda, logo depois do jogo, saí prum café no Starbucks, e cruzei, na frente do Empire State, com um jovem apressado, envergando nossa gloriosa camisa. Gritei pra ele: e aí, garoto! viu o jogo? Ele nem precisou dizer que sim. Sacou que eu era também um tricolor, nos demos um breve, mas afetuoso abraço, e cada um seguiu, feliz, o seu caminho. Enquanto deixávamos, afundado na zona do rebaixamento, o sempre arrogante adversário de ontem. Eles se acham!!! Mas ultimamente andam meio perdidões, isto sim.
Mas, por falar em se achar, o Enderson parece que achou um time. Mandou pro espaço o famigerado esquema dos três volantes de Drubscky, o breve; centralizou o Vinícius na armação, mas com liberdade pra chegar na área; aproximando ainda o Gerson, este principalmente, e o Wagner, do Fred.
E o Gerson, hein?
Ele, é porém, tema para um próximo post.