quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Renovação em massa no Fluminense

O Fluminense FC estreiou ontem na Primeira Liga com uma vitória - perdera ou empatara seus últimos dez jogos em 2016 -; 3 a 2 sobre o Criciúma, em Juiz de Fora (outro aposto: em breve, palavras aqui sobre a segunda tragédia do Maracanã).

Mas, não falarei esta manhã muito sobre o jogo; exceto para dizer que: a) é mesmo bom ter o Abel, o decano hoje dos treinadores dos principais clubes do futebol brasileiro, à beira do campo; b) Sornoza, um dos dois equatorianos contratados, promete agradáveis surpresas este ano, acredito; c) a defesa continua a peneira de sempre nas bolas pelo alto.

O assunto sobre o Flu hoje é a renovação, forçada é verdade, pela falta de dinheiro para qualquer contratação significativa, se é que tem alguém significativo dando sopa por aí.

Se não vejamos: dos titulares que entraram em campo ontem, Léo, lateral esquerdo vindo de Xerém, com escala em Londrina, tem 20 anos; Orejuela, volante, o outro equatoriano do time, tem 24, e mostrou que sabe jogar, embora, pelo menos ontem, sem o brilho inicial mostrado por seu compatriota, Sornoza, 23, meia, dois passes para gols na noite passada; Douglas, o outro volante, também cria de Xerém, que só não está hoje na seleção sub-20, da qual já foi capitão, porque machucou-se antes da convocação em dezembro, chegou aos 20 anos neste janeiro; Gustavo Scarpa, meia, maior revelação do clube nos últimos anos, tem 23, e não jogou ontem porque foi convocado por Tite para o amistoso desta noite contra a Colômbia; Marco Júnior, meia, o brasiliense de Ceilândia, outro de Xerém, já é um 'veterano' na equipe principal, aos 24 anos; Wellington, Xerém, que tínhamos deixado escapar para o Arsenal quando mal tinha chegado aos 18 anos, voltou ano passado e, mesmo tendo sofrido um bocado na Europa, não desaprendeu a jogar, e tem 24 anos,

No banco, o Flu tinha ontem, todos da base de Xerém, o centro-avante Pedro, 19, que entrou no segundo tempo e fez um golaço; o goleiro Marcos Felipe, 20: o zagueiro Nogueira, 20; e Lucas Fernandes, 23, que fez um belo Brasileiro ano passado pelo Atlético do Paraná. Não estavam no banco, mas poderão aparecer bem durante o ano, o meia Danielzinho, que disputou a série B pelo Oeste de São Paulo, ano passado, e o meia Marquinhos Calazans 20.

?E, não é que já ia me esquecendo do Richarlison, o garoto de 18 anos, que o Fluminense trouxe ano passado do América mineiro, que quase sucumbiu ao peso de ser visto como o 'sucessor' do Fred, e que, neste momento, brilha, aos 19, na seleção sub-20, no Sul-Americano do Equador.

Em suma, seja circunstancial ou não, essa renovação em massa do elenco do Fluminense, talvez precisasse mesmo de um técnico decano como o Abel, criado no clube, que comandou o time campeão brasileiro de 2012, e que já foi campeão da Libertadores com o Inter, em 2006, ano em que ganhou o mundial de clubes, numa épica vitória por 1 a 0 sobre o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho. Um currículo respeitável, para um treinador que, além de conhecer bons vinhos, por ser dono de restaurantes no Rio e em Lisboa, é capaz de não fazer vergonha ao piano, acompanhando o tricolor Ivan Lins, como já vi, e o Chico Buarque de Holanda, o que ainda espero ver algum dia.


Um comentário:

João Carlos Teatini disse...

Caro M.C.,
Confesso que não consigo me conformar com sue item "c) a defesa continua a peneira de sempre nas bolas pelo alto". Lembro que na Copa 70 o Zagallo treinou Félix, Piazza e Brito por três dias só em cruzamentos para o jogo daInglaterra, a ponto do último falar que dormia com dor de cabeça! Não é possível que o FLU não possa fazer isso...
Quanto ao Abel, concordo 200% com você. Gostaria de saber dos nomes dos restaurantes dele aqui e em Lisboa, pois se o 'fora temer' não der certo, posso ir para lá!
Saudações tricolores!
PS: aguardo ansioso "a segunda tragédia do Maracanã"