Dom Cesar de Echagüe era um fazendeiro californiano do século XIX; galante ao ponto de parecer um tanto efeminado, mas que, quando assumia o papel de O Coyote, se transformava em um bravo justiceiro, espécie de Zorro nascido da imaginação do escritor espanhol, J. Mallorqui. Meu pai adorava os livrinhos do Coyote.
Nas suas incursões justiceiras pelo território de Los Angeles, O Coyote contava com a ajuda de um índio, Pedro Benvindo, dotado da raríssima habilidade de ler pensamentos.
Ontem, 7 de março, era dia de meu aniversário. Eu tinha pensado em me dar um presente, mas uns dez dias atrás me ligou o Sobrenatural de Almada, o que ele só costuma fazer quando tem coisa muito importante pra me dizer, e sempre relacionada ao Fluzão. Pra quem não lembra o Sobrenatural é um imigrante espanhol que décadas atrás deu com seus costados em Lages, e lá vive até hoje.
Como se tivesse lido meus pensamentos, à moda do Pedro Benvindo, o Sobrenatural foi logo dizendo: "Olvides logo essa história de passar seu cumpleaños em Buenos Aires, pra ver o Fluzão en La Bombonera. É urucubaca na certa! Te quedes em Brasília, com tu família, almoce com los nietos, curta as mensagens que receberás de tus amigos, leve tu mujer para cenar, pero no em un desses restaurantes nuevos de shopping. Que tal el o La Chaumière? E despues de um buen vino, español e jamás argentino, veja la peleja pela internet".
Segui à risca o conselho do Sobrenatural, e tive ontem o meu dia perfeito.
O Barcelona das Américas, não é Zé Márcio?, calou o Boca e a boca da Bombonera.
Um final perfeito para um dia perfeito.
quinta-feira, 8 de março de 2012
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