Daqui a pouco terá início a Copa de 2018.
Comecei a acompanhar Copas do Mundo em 1950, aos 3 anos de idade😜. Melhor dizendo, meu pai contava que me levara para o posto e oficina do Tio Tito, onde ele, o irmão; meu já adolescente primo Antônio; mais o Jango, mecânico de mão cheia e centroavante goleador do Aliados, então o grande time da várzea lageana; mais o faz-tudo Ari, e outros amigos, iriam torcer e depois comemorar o primeiro título mundial brasileiro, a goleada histórica transmitido pelas ondas da Rádio Nacional.
Mas, terminado o histórico jogo, rodeado por lágrimas de dor, copos de cerveja e tragos de pinga, desatei eu também a chorar, não porque lamentasse o triste gol do Gighia, mas porque queria ir pra casa, pois estava cansado e já não tinha mais com o que me distrair e brincar. O pai, e relembrava isso sem qualquer octogenário remorso, contava que me fizera calar a boca com duas palmadas no traseiro, de certo modo palmadas que gostaria de ter aplicado no traseiro do Obdulio Varella (santa ironia, meu pai, apelidado Negrinho, atendia pelo nome de batismo Aureliano Varela Ramos). Palmadas que nunca surgiram em anos de psicoterapia, até porque, quatro anos depois, em 54, sem qualquer trauma guardado, e tenho isso vívido na memória, acompanhei a Copa em casa e, ali, na voz acho do Antônio Cordeiro, descobri um grande goleiro de vida futura trágica, Carlos José Castilho, que sem jamais o saber me conduziu pelas milagrosas mãos a torcer pelo Fluminense Futebol Clube.
Ou seja, hoje começo a minha 18a Copa do Mundo, momento único de pensar e refletir sobre o que aconteceu e hoje acontece com nosso combalido futebol. Combalido no Brasil, porque o futebol brasileiro que se pratica individualmente lá fora vai, aparentemente muito bem, ou assim alguns de nós achamos, mas ainda comprovaremos nos dias e semanas que se seguirão.
Até o próximo post!
quinta-feira, 14 de junho de 2018
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