domingo, 11 de junho de 2017

Abel Braga sobre o Flu, o Palmeiras e o Richarlison

Sobre o Richarlison:

- Não jogou, perdemos, não fez falta nenhuma. Se tiver que voltar, volta. Se não tiver que voltar, não volta. Quero jogador com disposição, que entre em campo e corra. Ontem, tirei da equipe porque ele falou que não estava com cabeça para o jogo.

Abel viu falha de postura no episódio. Entre várias frases, duas explicitaram o que ele pensa sobre o assunto:

- Se ele fosse meu filho, com certeza isso não teria acontecido. Já viu minha retidão? Já escutou falar de alguma situação em que o Abel Braga saiu da linha, saiu da reta, saiu do caminho? Não aconteceria, com certeza.

Abel evitou criticar diretamente o atleta pela decisão de não atuar, mas criticou seus representantes.

- Acho que ele foi usado. Mas não significa dizer que estava dentro da consciência dele, dentro do caráter dele. O futebol hoje é muito manipulado. É muito empresário pra um jogador. Com ele, são três, não sei bem. Os caras também têm que ensinar, têm que ter conduta. Os caras só pensam em causa própria.

E arrematou:

- Não me surpreendo com o governo do meu país. Não me surpreendo com o governo do meu estado. Vou me surpreender com empresário e dirigente?


Sobre o Palmeiras:

Abel foi comedido ao analisar a participação do Palmeiras no assédio ao jogador. Mas evidenciou que não gosta da atitude do clube.

- O que eu sinto, conversei com o Cuca sobre isso, falei pra ele que não retiro uma vírgula daquilo que falei. Mas agora já foi. Acho que o jogador deveria estar no campo, independentemente de amanhã ser negociado ou não. É um clube muito forte, com poder de aquisição muito grande. Na vida, nem isso é motivo básico. Existem outros princípios que devem ser seguidos.

O treinador viu justiça na vitória dos donos da casa, mas ficou incomodado com os gols marcados por Guerra e Keno no primeiro tempo.

- Jogo difícil, complicado. Nós facilitamos e complicamos mais. Não pode vir fora de casa jogar contra o Palmeiras e sofrer os dois gols que sofremos. Falo dos dois primeiros. Esse terceiro é como se não tivesse existido. Fomos para frente, precisávamos empatar o jogo, tivemos a chance. O Palmeiras trabalhou melhor a bola no segundo tempo, conseguiu individualizar mais a marcação. Nós não criamos tanto. O resultado é justo.


Nenhum comentário: