Sobre o Richarlison:
- Não jogou, perdemos,
não fez falta nenhuma. Se tiver que voltar, volta. Se não tiver que voltar, não
volta. Quero jogador com disposição, que entre em campo e corra. Ontem, tirei
da equipe porque ele falou que não estava com cabeça para o jogo.
Abel viu falha de
postura no episódio. Entre várias frases, duas explicitaram o que ele pensa
sobre o assunto:
- Se ele fosse meu
filho, com certeza isso não teria acontecido. Já viu minha retidão? Já escutou
falar de alguma situação em que o Abel Braga saiu da linha, saiu da reta, saiu
do caminho? Não aconteceria, com certeza.
Abel evitou criticar diretamente o atleta pela decisão de não atuar, mas criticou seus representantes.
- Acho que ele foi usado. Mas não significa dizer que estava dentro da consciência dele, dentro do caráter dele. O futebol hoje é muito manipulado. É muito empresário pra um jogador. Com ele, são três, não sei bem. Os caras também têm que ensinar, têm que ter conduta. Os caras só pensam em causa própria.
E arrematou:
- Não me surpreendo com o governo do meu país. Não me surpreendo com o governo do meu estado. Vou me surpreender com empresário e dirigente?
Sobre o Palmeiras:
Abel foi comedido ao
analisar a participação do Palmeiras no assédio ao jogador. Mas evidenciou que
não gosta da atitude do clube.
- O que eu sinto,
conversei com o Cuca sobre isso, falei pra ele que não retiro uma vírgula
daquilo que falei. Mas agora já foi. Acho que o jogador deveria estar no campo,
independentemente de amanhã ser negociado ou não. É um clube muito forte, com
poder de aquisição muito grande. Na vida, nem isso é motivo básico. Existem
outros princípios que devem ser seguidos.
O treinador viu justiça
na vitória dos donos da casa, mas ficou incomodado com os gols marcados por
Guerra e Keno no primeiro tempo.
- Jogo difícil,
complicado. Nós facilitamos e complicamos mais. Não pode vir fora de casa jogar
contra o Palmeiras e sofrer os dois gols que sofremos. Falo dos dois primeiros.
Esse terceiro é como se não tivesse existido. Fomos para frente, precisávamos
empatar o jogo, tivemos a chance. O Palmeiras trabalhou melhor a bola no
segundo tempo, conseguiu individualizar mais a marcação. Nós não criamos tanto.
O resultado é justo.
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