The End.

Chegou ao fim este blog.

O blogueiro já se mostrava intermitente; a crise de ontem me fiz ir da intermitência à cessação do que aqui escrevia.

A demissão do Muricy foi a gota d'água. Acho que ele saiu mal, pela porta dos fundos. Mas, não tiro por inteiro as razões dele.

Lembro das entrevistas que deu quando chegou e, por elas, já agora se deveria ter um projeto desenhado da melhoria das condições físicas do clube, inclusive um CT de transição onde o time pudesse treinar adequadamente. Ele parecia acreditar quando falava nisso. Acho também que ele percebeu certas deficiências do elenco, em especial as fragilidades físicas do Fred e do Deco, e percebeu que o ano iria ser duro, que ele não teria condições de disputar títulos. Como acho que não deve ser fácil estar metido em um clube com uma situação política interna tão complicada quanto a do Fluminense; extremamente amadora, inclusive, e principalmente, no que toca ao comando duplo com o patrocinador. Lembremos que o Muricy trabalhara antes no Inter e no São Paulo, duas das melhores estruturas profissionais do futebol brasileiro.

Em suma, ao encerrar este blog, livro a cara do Muricy. Acho que só um cara como ele poderia nos ter dado o título que nos manterá na linha de frente do futebol brasileiro por mais algum tempo.

Sei, como o nosso principal paredro disse ontem, tentando minimizar o feito de 2010, que ganhamos a Copa do Brasil de 2007, que fomos vice da Libertadores em 2008, que fomos heróicos em 2009 ao nos livrarmos do rebaixamento e terminarmos como vice da sul-americana. É verdade. Mas nada disso era suficiente para nos livrarmos do que chamo de "Síndrome da Portuguesa de Desportos", uma doença que ataca times grandes e os transforma em times médios cheios de saudade. O Muricy, ele mais que ninguém, nos livrou da síndrome, pelo menos por algum tempo.

Sei ainda que o Muricy vai treinar o Santos, e que isso pesou muito na decisão dele em deixar a Laranjeiras. Ou seja, ele é igualzinho aos outros professores de futebol que andam por aí, apesar do discurso pretensamente ético. Só que o cube ajudou, dando o pretexto que ele queria.

Mas, e aqui vai a minha última opinião de blogueiro: O PC Gusmão, não!!!!

Por que não o Adilson Batista, que o Santos não quis mais?

Abraços, e até mais ver.

MC Ramos Castilho de Santana